CONDENAÇÃO

Tania Tavares – Professora – SP – taniatma@hotmail.com

O ministro Mauro Vieira só condenou o ataque do Irã a Israel após ser criticado. Parece o cara que pisa no pé de propósito, e depois pede desculpas.Não enganam mais.
Tania Tavares

FIM DE LINHA

*Cesar Vanucci

“O PCC já se equipara a Máfia” (Lincoln Gakiya, Promotor de Justiça de SP).
As investigações levadas a cabo pela Justiça e Ministério Público de São Paulo com a colaboração da Receita Federal, tendo como alvo o sistema de transporte coletivo urbano da capital bandeirante, revela de forma exuberante a avantajada infiltração do crime organizado nos escalões administrativos do Estado. Pelo que já veio à tona, trazido pelos promotores, o PCC, grupo mafioso de alta periculosidade, apoderou-se de parte substancial das linhas de ônibus que circulam na maior cidade do país, controlando duas ou mais empresas responsáveis pelo deslocamento diário de calculadamente 600 mil passageiros. O esquema que está sendo agora desmontado pelas autoridades vem beneficiando, há anos a lavagem de dinheiro ligada ao trafico de drogas, de armas e outras atividades ilícitas. Ficou apurado que a “gestão empresarial” era exercida por elementos indicados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Contra eles expediram-se ordens de prisão. Algumas já foram cumpridas, estando a polícia no encalço de elementos foragidos. A justiça ordenou o sequestro de bens, o que levou à constatação de que os “fora da lei” são detentores de mansões e veículos luxuosos, além de outros ativos de custo elevado. Os promotores estão convencidos de que as investigações em curso, dessa operação emblematicamente denominada “Fim de linha”, desembocarão fatalmente na descoberta de outras frentes de atuação do banditismo em esferas governamentais. No foco das atenções da força tarefa incumbida das desconcertantes apurações figuram, também, alguns setores que provavelmente estariam sendo alcançados pelos tentáculos da facção. Já teria sido identificada a participação de “empresários do crime” em negócios de revenda de veículos de luxo, hotelaria, serviços hospitalares e de limpeza. A prefeitura de São Paulo promoveu, com base em decisão judicial, a reestatização das linhas operadas pelas concessionárias assumidas pelo pessoal do PCC. A eventual implicação de agentes políticos e de funcionários públicos na maracutaia vem sendo objeto de averiguação. Tem-se por certo que das diligências aflorarão novidades ainda mais chocantes. Esta bem sucedida empreitada Judicial e policial significa, sem dúvida, outro “round” vencido pelo Poder Público no combate à criminalidade. Oxalá seja o “Fim da linha” para uma parcela significativa dos inimigos da lei.
A história do “crime organizado” tem sua origem em articulações deflagradas no recesso sistema penitenciário dos anos 70. A busca de melhoria de alojamento em presídios superlotados conduziu detentos a formarem grupos na defesa de interesses comuns. Com o correr do tempo esses agrupamentos passaram a atuar além dos muros dos presídios, utilizando estratégias nos moldes da máfia universal. Criaram nas relações entre seus membros uma sensação de “pertencimento” voltada para a acolhida do delinquente e seus familiares, disseminando um aparente sentimento de confiança. A estrutura dessas facções abrange hierarquia, planejamento “empresarial”, uso de meios tecnológicos, formação de quadros e definição de atribuições. A demarcação de território é parte da logística. A “lei do silencio” (ou seja, a “omertá” do implacável código da máfia matricial) imposta aos integrantes é seguida à risca. O narcotráfico, o contrabando de armas, o roubo de cargas e carros, os sequestros, os assassinatos de encomenda são, entre outras ilicitudes as ações desenvolvidas com fitos rendosos. A bandidagem vale-se da intimidação e corrupção para cooptar políticos e servidores inescrupulosos. Segundo estimativas de estudiosos das questões da criminalidade, acham-se em atividade no território nacional entre grandes, médias e pequenas 88 facções. Algumas delas com ramificações internacionais.

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

QUEM É PIOR?

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira – Economista – RJ

Mídia importante divulgou quanto custou a Israel se defender de um ataque de mísseis do Irã. A bagatela equivalente à 5 bilhões de reais. A PEC do quinquênio custará aos brasileiros 42 bilhões. Ou seja 8 vezes mais. Deixo a seguinte reflexão: um país gasta 5 bi para defender seu povo e o outro gasta 42 bi para perder a honra. Qual dessas ações é mais nociva e indigna?

O PRAIA

Antônio Pereira – Jornalista, escritor ehistoriador

Naqueles tempos não havia clubes sociais, os bailes se faziam nas salas de visitas dos palacetes dos coronéis e os encontros festivos familiares eram na beira dos rios e córregos.
Nos fins de semana, as famílias desciam para as suas margens e ali passavam o dia, brincando na água, comendo e bebendo. Eram os piqueniques.
Por isso se pode refluir a história do Praia do Clube para toda a década de vinte, do século passado. Menos perigoso que o rio das Velhas, com a água sempre límpida, piscoso, mais perto, o Uberabinha atraía famílias e grupos de jovens para as suas margens. Eles desciam pela encosta do Fundinho, atravessavam o córrego São Pedro e iam usufruir das delícias do rio, sempre fresco, sempre ensombrado. Era comum senhoras distintas trazerem suas filhas para nadar. Então, todas entravam na água com aqueles vestidões longos que mal deixavam ver seus tornozelos. As primeiras a usarem maiôs foram as senhoras Conceição e Zizi.
Era assim mesmo, pena que as senhoras Oneide Borges Fonseca, Conceição Carneiro, Dorama Marquez, Zizi Carneiro, Censinha Moreira e outras que levavam as meninas para brincar no rio já não possam mais confirmar.
Foi, no entanto, a rapaziada que resolveu criar o clube depois de um desentendimento com o proprietário da área que não queria mais que ali se fizessem piqueniques nem que os moços do comércio lá nadassem. Esses moços e mais uns poucos senhores casados, jovens também, ao fim do expediente desciam diariamente para a natação no Uberabinha.
Nunca é demais citar seus nomes: José de Oliveira Guimarães, Mário Guimarães Faria, Oscar Miranda, Mackis Alvim, Dario José Vieira, Roman Balparda, Enéas de Oliveira Guimarães, Boulanger Fonseca, Floramante Garófalo, os irmãos Hermes, José, Joaquim e Francisco Carneiro, Fausto Savastano, Cícero Macedo, José Quércia, Manoel Moraes, os irmãos Gercino e Lourival Borges, Américo Vaz e outros.
Os compradores da área foram: José Guimarães, Mário Faria, Lourival e Gercino, Oscar, Roman, Enéas, Boulanger, José Carneiro, Hermes e Savastano. Depois o José Guimarães comprou as partes dos Carneiro e do Savastano.
Desses tempos heroicos há que se registrar algumas passagens interessantes: primeiro, durante dez anos o clube permaneceu como propriedade particular. Só em 1945, por sugestão do associado Celso Queiroz, é que a propriedade se transformou em clube de direito, com Estatuto e tudo.
O nome “Praia Clube” foi sugerido pelo fiscal federal José Victor, um apaixonado, capaz de loucuras, pelo futebol, que não ficou muito tempo por aqui. A sugestão nasceu por causa de uma prainha de seixos, em forma de meia lua, que havia onde estão as quadras de peteca descobertas. Os seixos foram tirados e colocada areia do rio das Velhas.
As cores preto e branco foram sugeridas pelo sócio Roman Balparda, uruguaio, torcedor do Peñarol que adota essas cores.
Logo no início, havia um salva-vidas, o Nenê, Manoel Moraes, que possuía um casal de cães, o Príncipe e a Praiana, que, sob suas ordens, mergulhavam dos pontos mais altos do trampolim de madeira que se construiu na prainha.
Pouco depois, o clube adquiriu um ônibus com bancos apenas nos fundos e nas laterais, apelidado de Tereza, que tinha ponto na praça Adolfo Fonseca, em frente à casa comercial do sócio Oscar Miranda. O Tereza fazia muitas viagens; quando ele ia chegando, o pessoal se agitava: “Corre, gente, que lá envém a Tereza!”
Pois é, o tempo passou, muita coisa aconteceu e o Praia Clube virou essa coisa fenomenal que, em matéria de crescimento e beleza, é a própria projeção da cidade. A mera visão de sua proposta de lazer conduz para a alma do usuário uma sensação plena de conforto e de felicidade.

PESOS E MEDIDAS

Tania Tavares – Professora – SP – taniatma@hotmail.com

O STF é composto por 11 ministros, dos quais apenas dois foram escolhidos pelo PR. anterior. Então, mesmo quando há votações de 1ª e 2ª turmas, os resultados vão ser sempre a favor do PR. Lula, ou em prol dos seus apaniguados. Tudo isto pois o Ministro Nunes Marques soltou monocraticamente um contraventor famoso .Escutei que ministros do STF estão reclamando disto e querendo que uma das turmas é que decida. Quando o ministro Toffoli decidiu monocraticamente à favor das dívidas da JBF e Odebrecht, ninguém reclamou!

Primeira dama

Iria Dodde – Professora – RJ

Como mulher e curiosa acompanho, dentro do possível, as movimentações das primeiras damas do país. Muitas dotadas de muita cultura, inteligentes, parceiras, bonitas e exemplifico citando, Ruth Cardoso, Marcela Temer e Michelle Bolsonaro. Outras fúteis e inúteis e cito Mariza Lula da Silva, e a atual Janja Lula da Silva sendo esta última um desastre. Muito feia e cafona. Deslumbrada , parece sem limites na sua mediocridade. É lamentável ter uma primeira dama ser conhecida por alcunhas. que longe de parecer carinhoso , soa mais como deboche. Só passamos vergonha, interna e externamente.