Em 2.025….

Gustavo Hoffa – Agente Social – Uberlândia

Creio que em 2.025 teremos um país muito mais risonho, feliz, bem distante de qualquer ameaça interna ou externa ao seu pleno desenvolvimento, com vitalidade suficiente para superar os obstáculos (todos ou quase todos) que surgirem à sua frente; em que todos os seus habitantes, desde o mais humilde ao mais poderoso, ocupem-se de maneira patriótica pelo bem comum; que a incidência de taxas e impostos, diretos e indiretos, seja mais justa, coerente e apoiada em dados teoricamente corretos. Em 2.025 eu quero que sejam mais leves, suaves e moderados os apetites da frenética busca de uma felicidade urgente pois, do contrário, ela corre o risco de dar em nada. Eu desejo crer que em 2.025 as nossas autoridades e os políticos de todos os níveis e partidos sirvam as suas comunidades, os seus estados e o Brasil com inconteste serenidade e seriedade em tempo integral, sem importarem-se sobre quem será o futuro prefeito, governador ou presidente; que os menores abandonados e aqueles outros que sobrevivem em comunidades carentes ouçam em qualquer local deste país, a qualquer hora de qualquer dia, um hino de redenção da trágica condição de miserabilidade em que vivem; que no próximo ano possamos viver o tempo de uma só opção: sermos todos felizes e enquanto dialogando com as nossas próprias consciências em vista do bem comum; que inicie-se no próximo ano uma gradual e positiva mudança de costumes, uma renovação saudável de valores e sobretudo em segmentos localizados na faixa etária mais jovem. Em 2.025 eu quero que transforme-se em realidade a minha esperança em um Judiciário de olhos realmente vendados, equilibrado em qualquer situação e em todas as questões – desde as individuais mais simples às mais complexas de ordens moral e institucional; que o Brasil saiba usar todas as inumeráveis riquezas terrestres/marítimas e manter-se na posição de independente e eqüidistante em questões de grandes conflitos mundiais, porém sem deixar de exercer uma natural virtude – estimada e admirada por quase todo o mundo. Em 2.025 eu quero acreditar que o pessimismo será extirpado até mesmo dos dicionários, quando da sua aplicação como significado e acepção de política social ( “uma só gota de peçonha corrompe a mais pura substância”- Shakespeare; Hamlet); desejo acreditar em um Brasil firmemente erguido por seu povo trabalhador e de índole afetuosa, mansa e compassiva; que esse povo sempre seja a finalidade da sua própria e ilimitada confiança em melhores dias e, finalmente, a todos aqueles que acompanharam aqui os meus textos e generosamente publicados pelo consagrado editor deste blog – jornalista Ivan Santos – ao longo de todo esse ano, continuem a comungar pela verdade e pela defesa da vi

Sobral Pinto – um exemplo

“A honestidade hoje em dia passou a ser um desafio, já que ela desaparece rapidamente dos costumes.”

Marília Alves Cunha

Muitas vezes nos vemos tomadas por um certo desânimo. Ao analisarmos a situação do Brasil hoje, situação sem sombra de dúvidas difícil, parece que entre tantos homens públicos existentes nesta terra poucos chamam a atenção pela sobriedade, lisura, honestidade. Poucos poderiam merecer dos brasileiros o respeito e a admiração que merecem aqueles que se destacam por terem postura e comportamento notáveis, sobre os quais nada pesa que possa desmerecer sua história de vida.

Dia desses, procurando alguns dados na internet, dei de cara com um texto sobre Sobral Pinto. Lembrei-me de meu pai, advogado, e da enorme admiração que ele nutria pelo colega, este grande jurista, um dos mais importantes da história do Brasil.

Sobral Pinto nasceu em Barbacena (Minas é berço de grandes brasileiros), em 1893. Foi apelidado de “Sr.Justiça” durante o Estado Novo e a Revolução de 64, por ser um ferrenho defensor dos direitos humanos e dos presos políticos. Foi preso por alguns dias após a decretação do AI-5. Participou do movimento Diretas Já e integrou o Comício da Candelária. Foi membro ativo e destacado da OAB. Participou de quase todos os eventos importantes que marcaram o sec. 20.

Algumas histórias interessantes são contadas sobre este notável brasileiro e vale a pena serem relembradas. Vão aqui duas que dizem muito de Sobral Pinto.

*Como ele era um grande jurista, munido de todas as condições necessárias para ocupar importantes cargos, Juscelino Kubitscheck ofereceu a ele uma cadeira de Ministro do STF. Ele recusou prontamente. Apesar de muito honrado pelo convite não aceitaria o cargo. Participou da campanha do presidente Juscelino por uma questão cívica, uma questão de dever, não em troca de um cargo público daquela magnitude. Exerceu vários cargos e funções públicas importantes aso longo da sua vida, mas nunca aproveitou-se deles para trair a lealdade ao Brasil e ao povo brasileiro. Seu lema era servir à pátria e contribuir para a sua construção.

*Ele não tinha nenhuma ambição e a velhice o pegou, evidentemente, muito pobre. Por causa de seus parcos recursos e por seu
merecimento, foi criado por lei o cargo de defensor público honorário para que ele pudesse ter um salário e o essencial a uma honrada sobrevivência. De maneira nenhuma Sobral aceitou o cargo, criado para ele. A seu ver, ninguém poderia receber salário sem trabalhar, apenas como honraria. Não aceitou de maneira alguma e tiveram que fazer uma lei revogando a sua nomeação.

Pena que muito da história vai se perdendo e pessoas importantes por serem gigantes e exemplos nas suas atitudes caem no esquecimento. Não temos heróis e dificilmente teremos. Nossa condição de país pouco afeito às tradições nos levam a esquecer personagens e fatos que marcam de maneira magnífica a nossa história. Se você perguntar a um aluno do ensino médio sobre Tiradentes, por exemplo, ele vai lhe responder(se responder)com uma narrativa bem debochada…

A história de Sobral Pinto e sua honestidade, hoje em dia pode parecer bizarra a muita gente. É que a honestidade, este zelo com a honra e a verdade, a mania de ter somente aquilo que merecemos através de trabalho honesto, pode parecer estranha para muita gente. No ambiente coalhado de desonestidade, infelizmente, esta começa a parecer até natural e razoável. Deve parecer natural, pois ninguém está fazendo barulho para o fato de Ministros de Estado terem colocado suas esposas em cargos vitalícios nos Tribunais de Contas, ninguém se incomoda com a ocupação de milhares de cargos comissionados pelo compadrio e militantes, poucos reclamam quando veem o suor do trabalhador, pagador de impostos e cada vez mais sendo taxado, sendo gastos com despesas perdulárias, imorais, desnecessárias. Baixasse o espírito de Sobral Pinto no nosso terreiro e ensinasse ao povo e principalmente aos políticos que podem coexistir honestidade e política. Podem sim!

 

‘Fake News’

Tania Tavares – Professora – SP

É elucidativo ler o artigo “Lula manda caçar bruxas” ( A3-19/01). Assusta, mas não é novidade, pois qualquer chance que Lula e o PT junto com aliados na justiça que eles têm, se puderem apossam do poder ditatorialmente o farão. Sonho do PT que defende todas as ditaduras!

Aspectos do preconceito

Antônio Pereira – Jornalista e escritor – Uberlândia – MG

O preconceito reflete um sentimento de repulsa ou reprovação desarrazoadas por determinadas pessoas que vivem em condições optadas ou não, mas que não interferem absolutamente na vida dos outros. Essa repulsa é comum no Brasil contra negros, mulheres, homossexuais, indígenas, orientais etc.
Aqui em Uberlândia isso se repetiu naturalmente.
Muito vigiadas e controladas foram as mulheres, durante quase todo o século passado. Nos tempos mais profundos, elas não frequentavam escolas. Temia-se que a cultura lhes facilitasse a devassidão. Quando puderam ler e escrever, não lhe permitiram fazer o antigo ginásio. Bastava à mulher, naqueles tempos, gerar filhos (muitos), cuidar deles, da casa e do marido. O que significa cozinhar, lavar, passar, varrer etc. Bastava-lhes isso.
Até os anos 30 do século passado, não convinha às mulheres cortar os cabelos. Andavam todas de coque. Impossível a calça comprida. Imoral. Não andavam sozinhas nas ruas. Eram presas fáceis. Tinham uma moral debilitada. Mulher separada do marido nunca era bem-vista, sempre suspeita e proibida de entrar em determinados lugares. E havia uma incrível “defesa da honra” que permitia aos maridos traídos, ou supostamente traídos, agredir e até matar sua esposa.
Houve reações, talvez, a primeira, aqui, a de Antonieta Vilela, jovem culta e inteligente que batalhou sozinha contra a discriminação da mulher. Lia, escrevia, era jornalista, sabia dirigir automóvel, o que era um escândalo em 1920, sabia atirar defendia direitos para a mulher, como o de votar, o de estudar. Seus artigos escandalizavam a sociedade. O Partido Comunista também deu oportunidade às mulheres de se envolverem com a política e a defender os seus direitos. Uma de suas líderes foi a Olívia Calábria.
Mas ninguém sofreu como os negros. A sociedade não aceitou a abolição e continuou a trata-los com extremo desdém. Os jornais das primeiras décadas do século passado referiam-se a eles com grande desprezo exigindo que se afastassem dos ambientes frequentados por brancos. Assim, os negros não deviam passear na avenida, nem na praça. Com o tempo ganharam espaços concedidos pelos brancos. Na avenida Afonso Pena era do lado direito de quem sobe. Bares e restaurantes não aceitavam negros e quando eventualmente algum entrava, não era atendido. Nos cinemas seu lugar era no poleiro, no mezanino. Havia clubes aos quais não era permitida a entrada de negros nem pra fazer a limpeza. Lotinho se vangloriava de ter sido o primeiro negro a entrar no Uberlândia Clube. Era o cantor da orquestra que se apresentava lá. Nas melhores casas de tolerância não era permitida a frequência de negros.
A situação começa a mudar a partir do último quartel do século passado quando sugiram as primeiras associações negras.
Estamos mudando…

A fuga de Bolsonaro.

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira Economista – RJ

Embora tenha votado nele nas 2 eleições para presidente, um voto basicamente anti petista, não tenho qualquer admiração por Bolsonaro. Ajudou, e muito, a enterrar a Lava Jato. Proporcionou ao Centrão o comando do desvio de verbas nunca visto neste país, só perdeu para o Lula, e outras mazelas. Mas , sem dúvida, sofre uma perseguição sem precedentes do sem qualquer escrúpulos Alexandre de Moraes. AM vai terminar muito mal seus dias, assim como todos os “ditadores”. Bolsonaro , a quem negou a viagem à posse de Trump, jamais iria fugir. Ele ama o Brasil e acredito que não iria perder a oportunidade de ver fugir do Brasil seus atuais perseguidores, cujas quedas estão mais próximas do que podemos imaginar. O povo brasileiro aguarda ansiosamente por este momento.