QUEM VAI ESCOLHER O PREFEITO? UM LIDER DE FORA OU O POVO DE MUNICÍPIO?

Ivan Santos – Jornalista

Tenho acompanhado os candidatos a prefeito nas redes sociais. Nenhuma proposta concreta para administrar o município de Uberlândia. Só comentários ideológicos da direita e da esquerda. Aborto por exemplo é um tema em tela. Afinal, porque um candidato ou uma candidata a prefeito se preocupa com o desgastado debate sobre o aborto? Não sei.
Uberlândia é uma cidade que recebe migrantes de todo o Brasil que chegam aqui com a esperança de encontrar trabalho e viver uma vida digna. Para abrigar esta gente é preciso ampliar serviços de Saúde, de Educação e de Segurança. Esses serviços são caros. O futuro dirigente da cidade terá canais no Governo Estadual e no Federal para formar convênios? Terá diálogo franco e constante com os empresários para abrir empregos para todos os emigrantes que chegam na cidade?
Tenho acompanhado declarações de candidatos a prefeito. Vazias, velhas, desanimadoras. Conclui que “nada é tão traiçoeiro quanto aquilo que é evidente”. Para mim está evidente que a população, abastecida por redes digitais com mentiras da direita e da esquerda, ainda não sabe o que fazer na hora de votar para escolher o futuro prefeito.
Muitos pedem renovação. Renovação como? Renovação seria escolher u’a mulher ou uma pessoa jovem? Ou seria um programa de governo moderno previamente defindo. É preciso renovar, mas como os liberais que querem que a iniciativa privada assuma todos os serviços públicos sem apoio do poder constituído? Não sei…
A imprensa tradicional é vista hoje por milhões de pessoas como mentirosa. A “verdade” está nas redes digitais refletida no discurso de ódio de um lado e do outro?
O resultado final da eleição hoje me parece incerto. E ainda há gente que acredita que um líder político nacional, liberal ou conservador, da esquerda ou da dreita, tem poder para influir no desempenho do futuro prefeito. Não tem.
Uberlândia é um município que pode se sustentar com a própria renda Para isto precisa contar com administradores que tenham experiência para administrar recursos escassos. Resta saber se o apoio do governador Zema, que é bem avaliado pelos mineiros, vai resultar em mais votos para um candidato a prefeito que ele apoiar só com palavras. Tenho dúvidas e isto vale também para o apoio verbal de Lula e de Bolsonaro. Capitão Mito? Lula? Zema? Se qualquer deles influir na eleição de prefeito em Uberlândia teremos mais quatro anos de guerra contra moinhos e batalhas para derrotar comunistas imaginários , mulas sem cabeça e Sacys Pererês. Serviços? Pouca relevância. A prioridade vai ser discutir aborto.

UM ATO SEM VERGONHA, SEM MORAL E SEM COMPOSTURA

Ivan Santos – Jornalista

Os deputados de quase todos os partidos, da esquerda e da direita, se uniram nesta semana em Brasília para aprovar um ato obsceno.
Os partidos desses ilustres senhores e senhoras que representam o povo no Congresso Nacional, receberam muitos milhões do Tesouro Nacional para gastar com eleições e com manutenção da sigla. Mas os partidos gastaram demais.
Nesta semana, reunidos em Brasília, os deputados, em poucos minutos, aprovaram na Câmara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que perdoou as multas impostas aos Partidos que não cumpriram as cotas de repasse do fundo eleitoral. Pouco dinheiro? Nada. Foi uma “dolorosa” de mais de R$ 20 bilhões. É muito dinheiro que vai faltar no custeio da saúde, da educação e da segurança. Uma barbaridade!
Para cometer esta sujeira uniram-se lulistas e bolsonaristas, esquerdistas e direitistas, todos com ânimo para meter a mão sem nenhum escrúpulo no Tesouro da Vaca Barrosa. Beberam o leite de graça sem medo de serem punidos na próxima eleição.
Não é preciso procurar muitas explicações para a maracutaia Os partidos receberam do governo bilhões de reais para custearam a eleição dos deputados e senadores e gastaram mal. Foram devidamente multados ou convocados a devolver valores usados indevidamente. As excelências não devolveram o dinheiro e, reunidos em nome do povo, votaram um PEC que perdoou todos eles. Foi um auto perdão. Perdão de si mesmos. Uma vergonha nacional. Com a cara lisa todos eles voltarão as ruas para pedirem votos ao povo em 2026 para se auto locupletarem por mais quatro anos a partir de 2027. Que vergonha!

O RISCO QUE CORREM OS VIVENTES DO BRASIL

Ivan Santos – Jornalista

Os salários no Brasil continuaram baixos nos últimos anos, mas a população pobre tem sobrevivido, recebido assistência de saúde, educação e segurança embora precária. Pode-se dizer que o Brasil não é o pior país do mundo. A classe média está estável e pode viajar todos os anos para o exterior. Os ricos ficaram mais ricos e a concentração da renda continua governo após governo.
Hoje, no Brasil, o desemprego está em queda, a inflação não assusta como na Argentina e o consumo da população está estável nos últimos anos. A economia nacional não preocupa os cidadãos que vivem neste país.
O governo do petista Lula da Silva, nos últimos meses tem gastado mais do que arrecada. Esta é uma receita que garanta aumento da inflação e isto já preocupa os economistas liberais que têm se expressado pelos jornais tradicionais.
Para não aumentar preocupação no mercado, o presidente prometeu que vai cortar gastos, mas poucos acreditam. Se depender do Congresso que temos o Governo deve gastar mais e mais para facilitar a eleição de companheiros de partidos nas eleições municipais. Depois o governo deve gastar para manter boa imagem e disputar as eleições de 2026 quando o PT tentará continuar no poder com lula ou outro companheiro.
Num discurso demagógico recente, o presidente Lula, de olho em 2026, disse que o governo deve gastar mais para melhorar a vida do povo. Discurso demagógico, politiqueiro, mas esta é a marca registrada de Lula. O povo gosta porque pensa que o governo tem dinheiro infinito. Não tem. O dinheiro do governo é de impostos pagos pelos cidadãos do País.
O mercado insiste que o governo deve manter as finanças públicas equilibradas e o povo pede melhoria na saúde, educação de qualidade e mais segurança pública. Para ter tudo isto o governo precisa gastar mais.
Governar não é fácil. O Brasil ainda é um dos países do mundo onde o povo vive em paz. O perigo é um governo desastrado que danifique a economia e piore a vida de todos. Corremos esse risco hoje e no fututo.

GOVERNDOR ZEMA VEIO ONTEM A UBERLÂNDIA CONVERSAR COM ORLEY

Ivan Santos – Jornalista

Em jornalismo costumávamos dizer no passado recente, que uma ocorrência ou fato incomum, circunstancial, fora da rotina diária, era inusitado.
Ontem, ocorreu em Uberlândia um fato inusitado. Explico:
A rotina sempre nos revelou que o repórter procurava a fonte para uma entrevista, principalmente se esta fosse importante socialmente. Um governador de Estado sempre foi fonte importante, sempre cheio de pautas a cumprir e difícil de entrevistar.
Ontem ocorreu em Uberlândia um fato inusitado. O governador Romeu Zema, que governa o segundo mais importante Estado do Brasil, fez uma volta no seu trajeto diário e veio a Uberlândia com uma só missão: dar uma entrevista ao veterano jornalista Orley Moreira, com pauta livre. Isto é: assuntos escolhidos pelo jornalista. Pesou nesta decisão a seriedade, a competência e o respeito que em Minas todos têm pelo jornalista por ele ser sério e competente. Hoje, mesmo depois de aposentado, Orley Moreira conserva uma postura de comunicador de elevado conceito moral e destacada competência profissional.
O governador de Minas não veio a Uberlândia para se reunir com autoridades políticas, com reitores de universidades nem com representantes dos importantes empresários que atuam nesta cidade; Zema não trouxe uma pauta pronta. Veio Conversar com Orley. Foi recebido com a clássica fidalguia do comunicador e sentou-se diante dele sem nenhum assessor. Foi uma conversa livre do líder de Minas Gerais com um nobre jornalista, respeitado no Estado e no Brasil. Foi um encontro que registro para a História.
Orley Moreira foi um dos mais importantes narradores de telejornais no Sistema Globo de Rádio e Televisão, ao lado de Sérgio Chappelin e do maior de todos: Cid Moreira (Não é parente de Orley). Orley deu vida e voz ao vibrante jornalismo da antiga TV Triângulo e foi uma das vozes mais respeitadas e admiradas no Brasil Central onde foi mestre e orientador de muitos jornalistas. Hoje, aposentado, produz um podcast: CONVERSA COM ORLEY.
A visita sem pauta do governador de Minas Gerais, ontem, para ser entrevistado por Orley Moreira foi a revelação da importância que tem o experiente jornalista que, mesmo aposentado, representa muito para quem comanda o importante Estado de Minas Gerais. Orlei Moreira: exemplo de jornalista sério, competente e sempre comprometido com a verdade. O governador Romeu Zema provou ontem que reconhece esses valores.

 

DÍVIDA PUBLICA GRANDE PREJUDICA OS BRASILEIROS

Ivan Santos – Jornalista

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu por unanimidade, nesta semana, que a Taxa Básica de Juros vai continuar como era: 10,5% ao ano.
No dia anterior o Presidente da República, Lula da Silva, ao falar sobre o assunto, disse que os juros não baixavam porque o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto não queria e assim ele prejudicava os brasileiros. Pura jogada política para iludir os seguidores do credo petista.
Os quatro diretores do Banco Central, nomeador pelo Presidente Lula, votaram pela manutenção da Taxa em 10,5. Lula apenas jogou para a plateia que espera por milagres.
Política é encenação. A realidade é uma coisa. O que quer o Presidente passar para manter animada a massa popular é outra coisa. Quando desancou o presidente do Banco Central, Lula já sabia que os quatro representantes do Governo no Banco Central votariam pela manutenção da Taxa Selic como estava.
A Taxa Alta de juros beneficia os bancos que emprestam muito dinheiro ao governo. Só há uma saída a longo prazo para o governo reduzir a taxa de juros. Gastar menos e contabilizar superávit todos os meses para reduzir o endividamento. Esta é uma história que se arrasta no Brasil desde a proclamação da República.
A dívida pública do Brasil está hoje em mais de 6,7 trilhões. O Governo pagou em 2022, com Juro Básico de 13,3%, a quantia de R$ 586 bilhões de juros. Esse dinheiro poderia melhorar a saúde, a educação e a segurança.
Nos dias atuais, o Governo do Presidente Lula continua a gastar mais do que arrecada. Assim, a Dívida Pública continua a crescer e a vida dos brasileiros endividados continua a piorar. Só para manter os partidos políticos o Governo retira do Orçamento da República mais de R$ 5 bilhões. É uma farra irresponsável!

QUATRO CANDIDATOS PODEM DISPUTAR A PREFEITURA DE UBERLÂNDIA NESTE ANO

Ivan Santos – Jornalista

Muita gente diz que para ser prefeito de uma cidade grande com grandes problemas sociais e em forte crescimento demográfico como Uberlândia é preciso ter experiência na administração pública.
Esta é apenas meia verdade. Na prática, o prefeito de uma cidade como Uberlândia precisa ter capacidade administrativa e apoio político para governar. Precisa ter, antes de tudo, apoio partidário para escolher uma equipe de pessoas habilitadas a administrar serviços públicos complexos. Escalar um incompetente para administrar saúde e outros complexos serviços sociais levará a administração à breca.
Entre os pre-candidatos a prefeito de Uberlândia, o que tem mais experiência política é o deputado estadual Leonídio Bouças que já foi vice-prefeito da cidade e está na Assembleia Legislativa, com bom desempenho, há mais de 20 anos. Outro experiente é o vice-prefeito Paulo Sérgio Ferreira, que está com o atual prefeito há oito anos e conhece todos os serviços públicos do município.
Os outros dois pré-candidatos são destaque não área legislativa, sem passagem pela administração da prefeitura: a deputada federal Dandara começou como vereadora e se elegeu deputada federal. Ela conta com a estrutura municipal do PT para montar a administração caso seja eleita. O deputado estadual Cristiano Caporezzo, como Dandara, só tem experiência legislativa e também começou como vereador. Os quatro pré-candidatos a prefeito de Uberlândia têm experiência política para exercer bem o mandato de prefeito. Só lembro aqui o título de um livro clássico do saudoso Joelmir Betting: “Em política, na prática, a teoria é outra”.
Lembro aqui que experiência administrativa nunca foi sinônimo de boa gestão. Há elementos de “primeira viagem, executivos e legislativos que já fizeram bom trabalho e outros, com muitos anos de experiência legislativa se revelaram administradores medíocres.
Se quisermos uma sociedade democrática é preciso pensar que para fortalecer o processo sucessório recomendado pela democracia, é preciso fazer novas experiência e por isto os eleitores de Uberlândia, na eleição deste ano, terão a oportunidade de escolher um, entre os quatro possíveis candidatos para governar a cidade. Todos eles estão bem qualificados.