por Ivan Santos | ago 31, 2023 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalista
A esquerda brasileira não é burra. É barulhenta e lírica. Os intelectuais da esquerda nacional precisam de motivação para mobilizar a massa ignara em direção a alguma coisa ou causa. Há pouco tempo a intelectualidade esquerdista do Brasil descobriu intenções imperialistas dos Estados Unidos no Projeto da Alca – Área de Livre Comércio das Américas – e mobilizou milhares de brasileiros e brasileiras contra esse tratado de livre comércio só de livre comércio. O governo brasileiro preferiu fortalecer o Mercosul que transformou-se numa pálida aliança aduaneira e procura mercados na Ásia e até na África para indicar aos Estados Unidos que é independente e tem autonomia para vôos solos. A esquerda nacional delirou e alertou: “os Estados Unidos querem esmagar o Brasil! Vamos cair fora!” O governo acreditou na esquerda e joga mal nas quatro linhas do temp.
Há poucos dias o Presidente Lula proclamou do alto do cenáculo que neste momento s aliança com o s EUA é assunto fora da agenda nacional.
Lindas palavras, se não forem trágicas as consequências.
O assessor internacional do Governo,
Celso Amorim, tentou consertar a declaração do Presidente, mas foi tarde. Os Estados Unidos se calaram e esperam por um tratado de livre comércio proposto pelo Brasil. Agora, países pobres da África procuram o acesso livre ao maior mercado do mundo e o Brasil vai ficar sonhando com as estrelas. O Brasil poderá ter que enfrentar barreiras alfandegárias para vender suco de laranja, aço, café e outros produtos no mercado de Tio Sam. Agora é cinzas. A esquerda continua delirando.
por Ivan Santos | ago 29, 2023 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalista
Está difícil entender o que ocorre no Brasil a partir de informações dos manuais tradicionais de economia. O Banco Central controla os juros vigorosa e constantemente ao mesmo tempo em que a inflação permanece praticamente estagnada. Depois de vários meses de elevação da taxa de juros básicos da economia caiu um pouco. Pouco realmente. O último relatório Focus, do Banco Central divulgado revelou que desde o início deste ano, os agentes financeiros revisaram a previsão do IPCA em 2023
6,28%. Enquanto isto as estimativas para o crescimento do PIB em 2024 ficaram estacionadas em 3,6% em janeiro e 3,67% em abril. A observação dos economistas do Iedi (Instituto de Economia Dirigida) é de que a política monetária do Brasil é pouco eficiente para combater a inflação. Não é preciso ser economista para perceber que a nossa inflação é impulsionada em parte, por preços administrados pelo governo como os da energia elétrica, telefone, outras formas de comunicação e petróleo, sem falar nas ocorrências climáticas que influem nos preços dos alimentos. Os reajustes nesses setores pesam no bolso dos consumidores de deforma contundente. Somada essa situação a uma carga tributária de 36% do PIB e juros de mais de 19% ao mês, dá para entender que a classe média está fora do Paraíso. Qualquer dona-de-casa do Brasil, responsável pela administração do orçamento doméstico sente os efeitos dos planos de saúde, da conta de luz e da água, do preço da passagem de ônibus, da gasolina, do IPVA e até do cabeleireiro. A dona de casa sabe realmente porque não sobra dinheiro para gastos extras, teatro lazer no fim da semana ou do mês. A desaceleração do setor agrícola impulsionada por desaquecimento externo da economia já produz estragos nas indústrias de material agrícola e automobilística que desaceleram a produção e aumentam, o desemprego no Brasil. O bicho anda solto nos campos de Pindorama. É preciso caçar e abater o bicho senão ele pega todo mundinho no Brasil varonil.
por Ivan Santos | ago 28, 2023 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalista
Não é só as estradas esburacadas que contribuem para reduzir os lucros dos agricultores do Brasil, principalmente os produtores de soja. Neste ano, as margens de lucro que foram excelentes para quem plantou soja. A principal razão para a eclosão negativa é a forte elevação dos custos de produção. Os insumos para plantar foram comprados sob influência de um dólar perto acima de R$ 5,00 e na comercialização da safra, a contabilidade do custo foi ruim. Os técnicos do Ministério da Agricultura estimam que o combate às pragas da lavoura consumiu mais de sete sacas de grãos por hectare na colheita. Os custos de produção subiram
impulsionados também pela alta do petróleo. Parte da produção perdeu-se nas estradas esburacadas até os portos ou às indústrias de transformação. O lucro presumido escoou no trajeto da fazenda ao destino de comercialização. Nesse processo os produtores perderam competitividade e ânimo. A margem de lucro da produção de soja no Brasil, neste ano, está negativa. Só se salvará quem não tiver dívida no Banco, usou alta tecnologia e obteve boa produtividade. Nestas condições estão poucos produtores. A Associação dos Produtores de Soja no Mato Grosso informou recentemente que a redução na colheita de soja, o ânimo para a próxima safra ainda não está aquecido.
Contribuem efetivamente para as perdas as estradas esburacadas e quase intransitáveis. A crise agrícola deste ano já chegou às fábricas de bens de capital (tratores e máquinas agrícolas). A queda nesse setor já chegou a 28% no primeiro trimestre deste ano. A receita em dólares dos produtores de soja pode cair além da previsão se o real continuar valorizado como está. O tempo das vacas gordas, nas lavouras de soja parece que caminha para um intervalo antes de chegar no fim.
por Ivan Santos | ago 23, 2023 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalista
O governo do Brasil não tem dinheiro para melhorar a infraestrutura, custear como devia os serviços de saúde, a educação, ações de segurança ou oferecer três refeições diárias a todos os pobres do País. Não adianta pressionar o governo porque os governantes não podem obrar milagres. Essa dura realidade foi revelada pelo Banco Central num relatório que divulgou informações sobre as contas públicas do País no primeiro trimestre deste ano. O governo contabilizou nesse período, uma soma fantástica que deixou saldo positivo de R$ 27,7 bilhões ou 35% a mais do que arrecadou no mesmo período do ano passado. Os técnicos em contas públicas denominam esse tipo de saldo de “superávit primário” ou resultado positivo da diferença entre as receitas e despesas do País, exceto o que o governo pagou de juros no conjunto formado pela União, Estados e Municípios mais o movimento das empresas estatais. Para produzir esse resultado foi grande o esforço dos cidadãos do país que contribuíram com a mais pesada carga tributária da história do Brasil: 36% do PIB (Produto Interno Bruto) anual. Mas todo esse esforço não foi suficiente para pagar os juros da dívida pública de mais de R$ 3 trilhões.
Após o governo contabilizar as receitas e as obrigações a pagar, o rombo nas contas públicas ou déficit nominal foi de CR$ 500 bilhões. Estas informações estão no site do Banco Central e foram divulgadas nos principais jornais nacionais.
Para realizar esse número, os brasileiros realizaram esforço maiúsculo, as estradas permanecem esburacadas, a violência cresceu em todo o País, aumentaram o desemprego, o achatamento salarial e o trabalho informal. O medo continua a ocupar o lugar da esperança. Houve protestos no Dia Primeiro de Maio, mas o Presidente preferiu o proselitismo político. Assim está o Brasil em 2005.
por Ivan Santos | ago 13, 2023 | Política Nova |
Ivan Santos – Jornalistqa
O governo já prepara a reforma ministerial antes de chegar o fim do ano. Uma fonte do Palácio do Planalto informou no começo desta semana que a reforma não terá caráter político; será administrativa. É preciso ver, para crer. Nos meios políticos há muita agitação. Os caciques dos Partidos que querem se aproximar do Governo querem mais cargos e meias bondades e benesses. Como dantes. Nada mudou em Pindorama.
Não é diferente a orientação no PMDB e no PSDB de estão calados.
Se dependesse do pessoal do PFL e dos tucanos, o PMDB seria defenestrado do governo para que eles conquistassem mais cargos. A realidade indica que o que vai ocorrer será uma simples troca de nomes porque o governo não tem projeto novo para mudar os rumos da administração. Se tem, ainda nada anunciou para o conhecimento público. Só se houver planos secretos que serão tornados públicos após a reforma. Na verdade, vai haver apenas acomodações no Planalto. Por exemplo, partidos que perderam importância na base de apoio, como o PTB poderão ficar na praia do Paranoá, a ver barcas navegar. Há, entretanto, a possibilidade de o PPB continuar no Barco.
Não há nomes cotados em Brasília. Todos dependem de Lula e Lula espera por todos
As especulações são muitas. Não há nome entre os novos que sirva pra nada. O governo não está satisfeito com o desempenho do Ministério. Para complicar o jogo no meio de campo, o todo poderoso vice-presidente está no Ministério da Indústria e Comércio e parece não preferir deixar o cargo. O presidente Lula está acostumado com marchas e contra marchas. Na prática a reforma ministerial tão falada não vai passar de uma simples troca de nomes, para tudo continuar como sempre foi, sem nada tirar ou por.
por Ivan Santos | ago 10, 2023 | Política Nova |
foram recomendados que deixassem de lado as posturas conservadoras e fossem aos bairros discutir com o povão a elaboração do orçamento participativo. “É preciso tirar esta bandeira das mãos dos anticomunistas raivosos e impatrióticos agora porque, no ano que vem, tem eleição sem ele.
O alcaide, que elabora o orçamento assessorado e assessorado por auxiliares da confiança dele, em reuniões secretas do gabinete, foi consultado sobre o programa e não se apôs. Afinal, na hora de botar as dotações no papel, a populaça fica bem longe. Não apita. Então, discutir é só discutir. É como na frase famosa de Millor Fernandes: “ O livre pensar, é só pensar.”
Com o sinal verde aberto, os patrióticos parlamentares municipais, principalmente os da situação, saíram para os bairros para discutir o “orçamento participativo” com a população. Na abertura dos trabalhos, na Associação dos Moradores do Bairro, o chefe dos representantes do povo fez um discurso empolgado e disse que ali estava para dar a palavra a quem quisesse reivindicar benefícios para a população. Um representante da oposição, em discurso inflamado, criticou os situacionistas porque incluiram no projeto de orçamento uma autorização para o prefeito pode a gastar 50% do Orçamento em créditos especiais sem ouvir os vereadores. Um morador, que ouviu as críticas, pediu a palavra e perguntou:
– Mas o que isto tem a ver com a falta de vagas aqui na escola, para os filha da gente?
Ficou sem resposta convincente.
No decorrer da reunião os presentes ficaram animados e uma senhora, com semblante preocupado, perguntou:
– Será que dá para os senhores botarem nesse orçamento um emprego para meu filho e para o meu marido que estão sem trabalho há mais de seis meses?
O silêncio dominou a sala. A mulher recebeu promessa de que alguém iria cuidar dos desempregados. Promeça batuta!
Em outra intervenção, um senhor de meia idade pediu providências no orçamento para trocar as lâmpadas dos postes da rua onde ele mora porque “os meninos quebram todas elas com estilingue”. Uma senhora idosa pediu providências orçamentárias para retirar um ponto de ônibus da frente da casa dela “porque os passageiros sujam tudo, todos os dias”. Assim nesta marcha e com intervenções semelhantes, encerrou-se a sessão extraordinária da Câmara de Utopiápolis para duscutir o Orçamento Municipal para o ano seguinte. O espetáculo vai continuar no ano que vem e tudo continuará como sempre foi sem nada tirar ou por no cenario municipal de Utopiapolis.