Reclamação do saúde bradesco

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira – Economista – RJ – ph.coimbraoliveira@gmail.com

Não tinha nada que reclamar do plano de saúde até agora. Porém de uns 15 dias para cá somente dissabores. O Bradesco está descredenciado médicos sem levar em consideração que os associados estão em tratamento de saúde. Eu e minha mulher Iria de Sá Dodde fizemos cirurgias recentes e a clínica que fazemos tratamento foi descredenciada. Ela também teve cortado sua ginecologista sem o menor aviso prévio. Tanto eu quanto ela estávamos fazendo fisioterapia quando pararam de autorizar. Estávamos na 7ª sessão quando pararam de autorizar. Fiz uma cirurgia no ombro e minha mulher no pé. A autorização é dada a cada sessão.Normalmente é solicitada 10 sessões renováveis. Exigência descabida. Solicitaram o pedido médico que é informado antes da 1ª sessão. Já enviei 3 vezes e não dão solução. Perguntei a uma atendente numa das ligações o porquê destes óbices e a atendente informou que fazem isto para dificultar mesmo.Acredito que ela falou isto pois está vendo que os clientes do plano estão sendo sacaneados. Informam que toda ligação é gravada, então pode ser fácil comprovar o que estou falando. Sigo tentando solucionar o problema mas peço uma força desta fundação.

CONDENAÇÃO

Tania Tavares – Professora – SP – taniatma@hotmail.com

O ministro Mauro Vieira só condenou o ataque do Irã a Israel após ser criticado. Parece o cara que pisa no pé de propósito, e depois pede desculpas.Não enganam mais.
Tania Tavares

O BRASIL JÁ FOI BOM…

O Brasil já foi bom…

Marília Alves Cunha – Educadora e escritora – Uberlândia – MG

Estava no apagar de um domingo de bobeira, nada em mente, abro o Facebook e quem encontro, para delícia de começo de noite e para alegria do coração: nada mais nada menos que Rita Lee e Milton Nascimento, os dois juntos. Rememoração de coisas lindas que aconteceram num Brasil do passado: “meu bem você me dá, água na boca/ vestindo fantasia/tirando a roupa/ molhada de suor/ de tanto a gente se beijar/ de tanto imaginar loucuras”.

Nada a nos tirar a atenção, nada a nos distrair do prazer de ouvir as vozes, a delicia dos dois astros brilhando por si só, arte pura numa orquestração perfeita. Nenhuma dancinha sem mais, bem menos, cores de vespertino sombreado, sem aberrantes canhões de luz, palco estratosférico… Menos é mais, dizem os sofisticados. Simplicidade sim, é sofisticação, na presença de dois gigantes da nossa música, cantando e parindo beleza: “A gente faz amor, por telepatia/ no chão, no mar, na luz, na melodia/ mania de você/ de tanto a gente se beijar/ de tanto imaginar loucuras”.

Delicioso ouvir esta dupla, maravilha melodiosa de encontro. E eu quisera estar como antigamente no Circo Voador, assistindo a Rita rockeira. Vê-la no palco, com sua carinha matreira e olhar malicioso, voz na medida certa para um rock ou uma canção de ninar. Mas a Rita foi embora, despediu-se demoradamente do Brasil, só não deu “tchau” quem não quis ou não prestou atenção. Deixou um repertório perene, a rockeira do Brasil. E o Milton? Graças! Ainda está por aí (estamos meio velhinhos, eu e ele, sem medo da palavrinha…). Canta menos, os shows diminuíram, mas a glória permanece intata. Acho que será difícil, senão impossível aparecer por aí outro deste quilate. Dizem que a voz de Milton seria a voz de Deus, se Deus tivesse voz. Com certeza, com certeza…

A primeira vez que ouvi o Bituca cantar, ao vivo, foi na praça da Liberdade, em BH. Um menino gênio, mineiro, em cima de um caminhão e acompanhado por outros mineiros meninos do Clube da Esquina fez meu coração bater acelerado e lágrimas quentes lavarem meu rosto quando “Travessia” atravessou o ar… Uma mineira sensível, coração aberto para a beleza, desatou em choro, sentada solitária no banco de uma praça, no anoitecer de BH… ”Quando você foi embora/ fez-se noite em meu viver/ forte eu sou mas não tem jeito/ Hoje eu tenho que chorar/ minha casa não é minha/ e nem é meu este lugar/ estou só e não resisto/ muito tenho pra falar…”.

Continuo rolando, rolando com estes astros de primeira grandeza, perturbando meu coração para sempre. O que é que posso fazer? Morro de saudade de um tempo em que o Brasil era bom, bom demais posso dizer, com seus músicos, sua arte e sua genialidade. Tenho mania de vocês!

O DIA NO BRASIL PODERÁ SE TRANSFORMAR EM NOITE ESCURA

Ivan Santos – Jornalista

Na última eleição os eleitores brasileiros resolveram reformar fortemente o Congresso, especialmente a Câmara dos Deputados. Para o Senado os mineiros elegeram pessoas como o Cleitinho que passa os dias divulgando intrigas e mentiras pelas redes sociais. Não presta atenção em nenhum tema de interesse público. No entanto ele consome cerca de R$ 200 mil reais por mês para o seu gordo salário e para pagar assessores que o ajudam a alimentar as redes sociais de intrigas contra a oposição. Cleitinho e seus colegas da direita só sabe falar mal do Lula e cuidar de alimentar uma ilusão em defesa de um Mito.
Para a Câmara Federal os eleitores deram prioridade na votação em delegados e agentes de polícia, policiais militares, capitães, coronéis e generais. Nenhum deles se preocupa com o povão. A prioridade deles é receber altos salários e ricas mordomias. Na prática, a maioria dos senadores e deputados eleitos trabalha para atrapalhar o governo.
O clima no Planalto, entre o Governo e os deputados e senadores está muito ruim. Os parlamentares querem mais dinheiro para financiar a eleição de prefeito se vereadores que os possam ajudar na reeleição na próxima eleição. Saúde, Educação, Trabalho, Emprego e Segurança não interessam aos representantes do povo no Parlamento.
Um exemplo é a regulamentação da Reforma Tributária que interessa para as empresas que dão milhares de empregos no Brasil. Os deputados empurram a reforma tributária com a barriga e para votarem um item do Projeto pedem mais dinheiro ao Governo.
O povo elegeu um governo de esquerda que tem propostas socialistas para melhorar a vida dos mais pobres e um Congresso conservador, de direita que só pensa em melhorar a vida dos barões do agronegócio e dos capitães das indústrias e do mercado financeiro (os bancos). O Brasil está numa encruzilhada. Se ficar parado o bicho pega, se correr o bicho como. Se o povo não acordar o dia, por aqui, se transformará em noite escura.

FIM DE LINHA

*Cesar Vanucci

“O PCC já se equipara a Máfia” (Lincoln Gakiya, Promotor de Justiça de SP).
As investigações levadas a cabo pela Justiça e Ministério Público de São Paulo com a colaboração da Receita Federal, tendo como alvo o sistema de transporte coletivo urbano da capital bandeirante, revela de forma exuberante a avantajada infiltração do crime organizado nos escalões administrativos do Estado. Pelo que já veio à tona, trazido pelos promotores, o PCC, grupo mafioso de alta periculosidade, apoderou-se de parte substancial das linhas de ônibus que circulam na maior cidade do país, controlando duas ou mais empresas responsáveis pelo deslocamento diário de calculadamente 600 mil passageiros. O esquema que está sendo agora desmontado pelas autoridades vem beneficiando, há anos a lavagem de dinheiro ligada ao trafico de drogas, de armas e outras atividades ilícitas. Ficou apurado que a “gestão empresarial” era exercida por elementos indicados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Contra eles expediram-se ordens de prisão. Algumas já foram cumpridas, estando a polícia no encalço de elementos foragidos. A justiça ordenou o sequestro de bens, o que levou à constatação de que os “fora da lei” são detentores de mansões e veículos luxuosos, além de outros ativos de custo elevado. Os promotores estão convencidos de que as investigações em curso, dessa operação emblematicamente denominada “Fim de linha”, desembocarão fatalmente na descoberta de outras frentes de atuação do banditismo em esferas governamentais. No foco das atenções da força tarefa incumbida das desconcertantes apurações figuram, também, alguns setores que provavelmente estariam sendo alcançados pelos tentáculos da facção. Já teria sido identificada a participação de “empresários do crime” em negócios de revenda de veículos de luxo, hotelaria, serviços hospitalares e de limpeza. A prefeitura de São Paulo promoveu, com base em decisão judicial, a reestatização das linhas operadas pelas concessionárias assumidas pelo pessoal do PCC. A eventual implicação de agentes políticos e de funcionários públicos na maracutaia vem sendo objeto de averiguação. Tem-se por certo que das diligências aflorarão novidades ainda mais chocantes. Esta bem sucedida empreitada Judicial e policial significa, sem dúvida, outro “round” vencido pelo Poder Público no combate à criminalidade. Oxalá seja o “Fim da linha” para uma parcela significativa dos inimigos da lei.
A história do “crime organizado” tem sua origem em articulações deflagradas no recesso sistema penitenciário dos anos 70. A busca de melhoria de alojamento em presídios superlotados conduziu detentos a formarem grupos na defesa de interesses comuns. Com o correr do tempo esses agrupamentos passaram a atuar além dos muros dos presídios, utilizando estratégias nos moldes da máfia universal. Criaram nas relações entre seus membros uma sensação de “pertencimento” voltada para a acolhida do delinquente e seus familiares, disseminando um aparente sentimento de confiança. A estrutura dessas facções abrange hierarquia, planejamento “empresarial”, uso de meios tecnológicos, formação de quadros e definição de atribuições. A demarcação de território é parte da logística. A “lei do silencio” (ou seja, a “omertá” do implacável código da máfia matricial) imposta aos integrantes é seguida à risca. O narcotráfico, o contrabando de armas, o roubo de cargas e carros, os sequestros, os assassinatos de encomenda são, entre outras ilicitudes as ações desenvolvidas com fitos rendosos. A bandidagem vale-se da intimidação e corrupção para cooptar políticos e servidores inescrupulosos. Segundo estimativas de estudiosos das questões da criminalidade, acham-se em atividade no território nacional entre grandes, médias e pequenas 88 facções. Algumas delas com ramificações internacionais.

Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)