Tania Tavares – Professora – SP
O ministro terrivelmente evangélico André Mendonça, escolhido para o STF, surpreende positivamente por suas decisões jurídicas condizentes com a Lei. Enquanto que o outro, Kassio Nunes, também escolhido para o STF pelo mesmo Bolsonaro, se presta a ser serviçal a quem lhe indicou. Isto tem que mudar, Cruzes!
A mídia extremista e os anti-bolsonaristas consideram quaisquer decisão de ministros do STF ou do TSE a favor de apoiadores de Bolsonaro contrárias à lei, coisinha de reles serviçais. Criticam o belíssimo voto de Kássio Nunes Marques, um brado a favor da liberdade de expressão. O Globo noticiou: “Ministro suspendeu decisão do TSE de cassar o mandato do deputado bolsonarista Fernando Francischini. Os votos de Nunes Marques mostram histórico de alinhamento com o governo Bolsonaro”. A midia e os anti-bolsonaristas deveriam se reportar às inúmeras decisões monocráticas tomadas por ministros do supremo que são sim, uma bela prestação de serviço aos que os indicaram. E grande parte destas decisões consideradas legais e bem fundamentadas pela turma dos “anti”, compõem um histórico com enredo e desejado final feliz para eles, não para o Brasil. Se houvesse a obrigação de todos os ministros votar de maneira igual, sem nenhuma oposição, certamente não seria necessária a Alta Corte com 11 ministros e mais a “jabuticaba” chamada TSE… Aliás, me desculpem, me engano aqui com relação ao TSE. Descobri, pelo Google que não é uma “jabuticaba”. Na linda Costa Rica também existe um tribunal superior que cuida exatamente e estritamente das eleições e sua organização.
Concordo com a autora do escrito acima. Muita coisa tem que mudar neste Brasil, inclusive esta situação inaugurada após 2018, de indicações políticas determinarem o voto dos senhores ministros (como disse “O Globo” e a ilustre professora Tania).
Passei agora mesmo em frente a uma cafeteria e lá havia um cartaz que dizia: Tome um café: ele ajuda as coisar as coisas que precisam ser descoisadas. Digo o mesmo em relação à política: precisamos descoisar as coisas … Está faltando uma pitada de democracia neste país.