Ivan Santos – Jornalista
Esta semana pode apresentar o capítulo final da novela André Mendonça, o Terrivelmente Evangélico virtual ministro do Supremo Tribunal Federal.
O advogado André Mendonça, pastor presbiteriano, foi ministro da Justiça e estava na Advocacia Geral do Estado, cargos de confiança do governo do Capitão Mito Bolsonaro. O presidente prometeu aos evangélicos nomear um “terrivelmente evangélico” para o STF e indicou André Mendonça.
O nome do advogado-pastor foi indicado pelo Capitão ao Senado para ser sabatinado há quase dois meses. O nome está “congelado” na Comissão de Constituição e Justiça comandada pelo ex-presidente da Câmara Alta da República, senador David Alcolumbre. Este senador foi eleito presidente do Senado com apoio do Governo. No exercício da presidência sempre atuoue em sintonia com o Palácio do Planalto.
A pergunta que não quer calar não tem resposta: por que Alcolumbre segura o nome de André Mendonça? Há várias especulações, e entre tantas destaca-se uma pergunta: Quem no Palácio do Planalto tem interesse em fritar André Mendonça?
No campo das especulações políticas muita gente diz que alguns políticos evangélicos são fiéis, além de Deus, só a quem tem poder temporal. Se o poder mudar de cadeira… Então brota outra pergunta: Com quem ficaria André Mendonça no STF se a temperatura mudar bruscamente? Ninguém sabe. Esta pode ser a grande questão.
De uma falta de seriedade incontornável esta atitude do presidente da CCJ, Sr. Davi Alcolumbre que, aliás, sempre se mostrou uma figura apagada e que só se revela, quando demonstra sua indisposição contra o presidente Bolsonaro. Deve estar sendo orientado por outras figurinhas da república, já que sua personalidade é demasiadamente fraca para tomar qualquer atitude… O Senado tem se mostrado uma Casa efetivamente pusilânime e inútil para o processo político brasileiro. Ponham o candidato ao Supremo para responder à sabatina e o reprovem se ele não for merecedor… Isto é muito mais bonito e digno do que esta fritura mórbida de um indicado do presidente da república. Ou, de certo querem eles mesmos escolherem o nome do candidato ou, talvez, quem sabe, recorrer ao STF todo poderoso para que ele do alto de sua sapiência escolha um nome mais de acordo com as pretensões atuais. Vale lembrar que o Senado Federal sabatinou Tofolli e Lewandowisk e os acolheu… Quer coisa pior?