Ivan Santos – Jornalista

Quando assumiu a Presidência da República no dia 1º de janeiro de 2019, o Capitão Mito Jair Messias Bolsonaro subiu a rampa do Palácio do Planalto com a promessa de implantar no Brasil uma Nova Política em oposição ao que ele chamou de Velha política.
O presidente elegeu-se pelo nanico PSL que conquistou uma bancada de 52 deputados federais, a maioria sem experiência político-parlamentar. No exercício do poder o Mito disse, soberanamente, que não faria acordos com partidos e que governaria com apoio de 57 milhões de eleitores que nele votaram. Foi aplaudido em todo o País.
O Capitão Mito assumiu o poder executivo no Brasil após 28 anos como deputado federal sucessivamente reeleito. Sem base de apoio no Congresso e sem um partido depois que deixou o PSL, o Mito preciso buscar apoio no Congresso para governar. Negociar com grupos de pressão no Parlamento e teve que pagar caro para ter apoio político no Legislativo. Cansado de depender de bancadas como as da Bala, Evangélica, Ruralista, o Mito decidiu recorrer ao fisiológico Centrão.
Muitos brasileiros não conhecem o Centrão. Este é um de partidos conservadores que que têm por lema: “É dando que se recebe”. Isto quer dizer que se o Capitão Mito quiser receber apoio do Centrão para governar precisa dar o que o Centrão quiser. Basicamente o Centrão é formado por PP, PSC, PROS, PMDB, PTB, PR e Solidariedade e aderentes ocasionais que juntos representam 250 deputados (48% dos membros da Câmara Federal).
No Congresso, a maioria dos parlamentares não atua individualmente. Os mais experientes se unem para ganhar poder e conquistar benesses do governo. São especialistas no jogo político conhecido como “toma lá, dá cá”.
O Centrão não é novidade hoje. A novidade foi o que o presidente Capitão disse na semana passada: “Eu sou do Centrão”. Sua Excelência falou, tá falado!