Ivan Santos – Jornalista

As reformas estruturais prometidas pelo candidato Capitão Mito Bolsonaro deverão ficar para um futuro incerto e não sabido. Estamos a concluir o primeiro semestre do terceiro ano do mandato do Mito e até agora só foi aprovada uma reforma meia-boca da Previdência, assim mesmo graças ao esforço do Congresso, sem apoio do líder nacional.
No segundo semestre deste ano, após o recesso do meio do ano no Congresso, o tema predominante deverá ser o enfrentamento à Pandemia do Coronavírus e a CPI que investiga responsabilidade pelas mortes de quase 500 mil brasileiros e brasileiras pelo Corona.
Não deverão ser concluídas até o final de 2022 as tão faladas Reformas Administrativa e Tributária. Já declarado candidato à reeleição, o Capitão Mito não deverá assumir a responsabilidade pela defesa da uma reforma administrativa que reduza privilégios dos servidores da Justiça, da Defensoria Pública, do Ministério Público nem do Legislativo. Também nada mudará no regime dos militares. Se criar uma categoria de novos servidores com menos direitos do que os antigos, certamente criará duas categorias de servidores no mesmo ambiente e isto servirá para bagunçar todo o serviço.
A Reforma Tributária é ainda mais complexa e difícil porque não será fácil mudar o sistema tributário nacional, o dos estados e o dos municípios. O Mito deverá alegar que a Pandemia impediu as reformas no primeiro mandato e prometê-las para um eventual segundo mandato. Quem vai acreditar?