Ivan Santos*
O início da vacinação em massa no Brasil deveria ser um momento de esperança no qual as pessoas poderiam conviver sem medo de morrerem por ação de um vírus mortal que só no Brasil já matou mais de 200 mil pessoas em menos de um ano. O papo furado que circula nas redes sociais dizendo que a vacina contra o Corona pode alterar o DNA das pessoas e produzir uma geração de humanos como jacarés é uma aberração que não poderá ser admitida por pessoas com sanidade mental.
Não só mentiras sobre vacinas são prejudiciais às pessoas. Algumas declarações fantasiosas também produzem danos incalculáveis como a que afirma que “pessoas que vivem em harmonia com a natureza e têm pensamentos positivos não precisam tomar vacinas”.
A questão da vacina contra a Covid-19 é um assunto que deve ser tratado por cientistas não engajados em movimento político algum. Vacinar ou não as pessoas não é assunto a ser recomendado por políticos que procuram tirar proveito da situação de pânico em que se encontram as pessoas atingidas por uma epidemia. A obrigação de um presidente de uma comunidade nacional atingida por uma epidemia é ouvir os cientistas e tomar providências para proteger os habitantes do país. A obrigação de todos os governadores e prefeitos é se unirem ao presidente para que juntos possam vencer a guerra contra o inimigo comum: o vírus mortal.
No Brasil não haverá reaquecimento da economia sem combate ao Corona. Não haverá melhora na vida coletiva, não haverá livre circulação de pessoas, não haverá mais empregos nem melhoria social se as pessoas continuarem ameaçadas e sem proteção contra um vírus que mata. Politizar este assunto é irresponsabilidade máxima. Mentir sobre vacinas é insanidade mental.
*Jornalista