José Amaral Neto

Passados os momentos tensos de uma campanha eleitoral atípica em todos os sentidos, os eleitos comemoram num tempo onde os foguetes não são bem-vindos e, os perdedores inundam de áudios e vídeos raivosos, os canais virtuais, um direito claro, mas tão desnecessários.

A cidade perdeu. Elegeu uma câmara que já nasce sem um projeto para o município nas ações dos que se propuseram a estar representantes. Não é uma critica é um fato. A régua já está passada com a reeleição do atual prefeito; competente na sua condução executiva de Uberlândia. Os que chegaram seguirão ou não esse fio.

Contrapor-se não é uma opção segura visto que em 2021, questões urgentes exigirão decisões emergenciais iguais por exemplo a entrega do anexo do hospital municipal e, as intervenções no trânsito da cidade. Decisões que seguem um plano municipal pontual e inteligente.

A ausência de experiência política dos que estão chegando vai a tempo certo, enquadrar ou tornar invisíveis, os edis do momento. E isso não é um agouro analítico, basta olhar mais detidamente o que levaram os eleitos a pleitear este espaço.

Atuar no legislativo como profissional buscando consolidar-se como carreira, é a grande areia movediça da democracia. Essa eleição de 2020 mostrou claramente que pra ser é preciso estar, politicamente, em um projeto mais amplo, com um bom timoneiro na proa; e num barco com uma boa carta náutica.

Foram eleitos os apadrinhados, afilhados, e bons alunos, de mestre que hoje conduzem os debates da política uberlandense. Foram os projetos desses mestres que elegeram os 27 vereadores para a partir de 2021, serem a base de suas expectativas para 2022. Essa análise não é sobre a vida pessoal de quem se elegeu. É apenas uma observação sobre o cenário político e a vida política de quem agora será diplomado para servir a casa do povo. #VamosConversando

*Jornalista – Uberlândia – MG