A reforma da previdência que querem que o povo brasileiro pague é uma incógnita, uma obra de ficção! Isso porque a Previdência Social brasileira não é deficitária. A afirmação é do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência do Senado, senador Paulo Paim (PT-RS). “Setores do patronato arrecadam, por ano, em torno de R$25 bilhões do bolso do trabalhador e não repassam à Previdência, denunciou, na última sessão do colegiado antes do recesso parlamentar, previsto para ocorrer de 18 a 31 de julho”.
Ainda segundo o Senador, ao final dos trabalhos a comissão vai mostrar que o rombo na Previdência está diretamente ligado a uma divida acumulada de grandes bancos, empresas e grandes montadoras, que ultrapassa R$ 500 bilhões. A mídia televisiva dá pouca ou nada de notoriedade à matéria que está sendo questionada pela CPI do Senado, pois há grandes emissoras de TV devedoras e também porque o orçamento do INSS é visto de maneira isolada pelo governo, economistas e os que acham que a boa gestão pública não surte efeito, verdadeiramente sem o ajuste fiscal. Tem-se ainda o mercado financeiro que pressiona o governo e até emissoras de televisão. Esses em suas visões distorcidas e desamparadas por leis consideram apenas o que é arrecadado em folha de pagamento e o que é gasto com as aposentadorias e demais benefícios do INSS. Entretanto, ignoram estudos contundentes, como o da Dieese, que descreve que enxergar as contas da previdência de forma isolada é um total equivoco e irresponsabilidade governamental.
Segundo esses estudos, se as contas do INSS realmente forem olhadas dessa forma (isolada) não fecharão jamais. Segundo o governo, a previdência teve um deficit de R$ 85 bilhões em 2015 e de R$ 149 bilhões em 2016, mas o governo ignora as contas da Seguridade Social, e por isso, organizações como Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), OAB, Dieese e outras instituições ligadas ao direito previdenciário, são favoráveis à visão contrária a do governo Federal, pois deveriam contabilizar, além da arrecadação em folha, os recursos das chamadas contribuições sociais, como o PIS, Cofins e CSLL. Essa conta é amparada no artigo 194 da Constituição, onde consta que “a Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à Previdência e à assistência social”.
A conta do governo, que vê o INSS de maneira isolada, seria inconstitucional. “O orçamento da Seguridade, de acordo com a Constituição, é único e indivisível. Analisar separadamente as contas da Previdência é inconstitucional”, afirma Diego Cherulli, vice-presidente da Comissão de Seguridade Social da OAB-DF, que destaca ser favorável a uma reforma da Previdência, mas não desta forma que está sendo discutida no Congresso.
É possível sim, que Michel Temer consiga aprovar a Reforma da Previdência, pois está barganhando com recursos públicos, mais uma vez, o apoio do Congresso para suas reformas. Agora, para comprar o voto dos ruralistas para as alterações na Previdência, que praticamente acabam com a aposentadoria do brasileiro, o peemedebista acena com um generoso perdão de dívida.
“A equipe econômica decidiu perdoar os juros da dívida da contribuição social do empregador rural. O ministro da fazenda, Henrique Meirelles, bateu o martelo nesse ponto reivindicado pela bancada ruralista do Congresso. O governo vai editar uma medida provisória para tratar do passivo do Funrural, o equivalente à contribuição para a Previdência do setor, cujo passivo pode superar R$ 10 bilhões. Mais uma moeda de troca jogada na conta do brasileiro”.
Partes das informações aqui expressadas são da Coluna do Estadão.
*Diogenespsilva2006@hotmail.com
Tenente do QOR da PMMG
Trabalhador(a) inicia carteira profissional aos 18 anos (+ 49 anos de contribuições ininterruptas à Previdência) = 18 + 49 = 67 anos de idade. Em sã consciência, quem garantirá aposentadoria com este parâmetro. Quem ficaria 49 anos (sem vácuos) com carteira profissional assinada? Quem, hoje em dia, consegue concretizar esta obrigatoriedade? Qual empresário não demite empregado(a) após 60 anos de idade (com vários problemas de saúde, com consequente queda de produtividade e ainda ganhando excelente salário acumulado ao longo dos anos)?