Representando o governador de Minas Gerais, na solenidade de comemoração dos 65 anos da estatal, presidente do Conselho de Administração da Cemig destacou a solidez da empresa
O governador Fernando Pimentel enviou ontem uma mensagem aos funcionários e dirigentes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) em função do aniversário de 65 anos da companhia. Ele afirmou ser a empresa motivo de orgulho para os mineiros e lembrou que a Cemig já passou por muitos desafios e, no atual momento, precisa adotar como prioridade a sua identidade com o Estado.
“Nascida de um ideal de Juscelino Kubitschek, a Cemig enfrentou diversos obstáculos, uns maiores do que os outros, e já esteve à beira da privatização. Foi preciso que outro homem de coragem, o ex-presidente Itamar Franco, impedisse o desatino e lá se vão 18 anos. Não se iludam. A luta não é entre nós, governo, e empregados da Cemig, governo e sindicalistas. Os compromissos que assumimos estão sendo cumpridos, talvez não no tempo que gostaríamos, mas a maior urgência que temos é de preservar a Cemig em Minas Gerais como patrimônio dos mineiros e das mineiras. A Cemig está, mais uma vez, sob forte ameaça. Se essa não for a prioridade maior da agenda do governo, empregados, sindicatos e empresa, os verdadeiros adversários da Cemig vencerão. O desafio é imenso”, disse Fernando Pimentel em mensagem lida durante a cerimônia pelo secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho, também presidente do Conselho de Administração da Cemig.
O governador apontou ainda como desafios da empresa reduzir o endividamento e manter os investimentos e empregos “em meio a mais grave crise econômica, política e institucional pela qual o Brasil já passou”.
“Temos de reduzir o endividamento, manter os investimentos de R$ 1 bilhão para levar luz a 200 mil pessoas que ainda não contam com o serviço e manter os serviços das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda. Há poucos dias, vocês viram as ações da empresa caírem 42%. É preciso direcionar a nossa energia para o que nos dará horizonte, para o que irá garantir o futuro da empresa em vez de vivermos no presente eterno, acumulando perdas que terminarão por colocar fim ao sonho de JK”.
As usinas de Jaguara, São Simão e Miranda foram atingidas pela Medida Provisória 579, de 2012, que estabeleceu um novo regime jurídico para as prorrogações de concessões do setor elétrico. Para a Cemig, os contratos têm cláusulas que garantem a renovação automática das concessões por 20 anos.
Pimentel também exaltou a qualidade técnica e de pessoal da empresa. “Temos capacidade técnica e recursos humanos qualificados como nenhuma outra empresa de energia do País. Temos a expertise onde os outros deixam a dever e, acima de tudo, temos compromissos com o trabalho, e é por isso que tenho esperança que esse grave momento ficará para trás. Eu acredito em vocês e acredito que o orgulho que temos da Cemig nos moverá na direção correta. Vamos vencer esse desafio e, assim como aquele momento de 1999 ficou para trás, esses anos de dificuldade também passarão, que venham outros 65 anos, com energia renovada para continuarmos”, finalizou o governador.