“A democracia sobrevive quando a inteligência
do sistema compensa a mediocridade dos atores”
(Daniel Inneraty)
A queda do muro de Berlim em novembro de 1989, parecia naquele momento ser o símbolo do fim das separações ideológicas e políticas no mundo em que vivemos. Entretanto, vinte e oito anos depois em pleno século XXI, ainda persistem separações, guerras e todo tipo de intransigências entre povos e nações.
A situação do Oriente Médio continua fervendo na Cisjordânia com a quase impossível convivência entre judeus e palestinos. Um cenário que parece não mudar desde a passagem de Jesus por aquelas terras.
Para complicar ainda mais essa situação, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, resolveu proibir a entrada nos EUA de pessoas de sete nacionalidades distintas: Irã, Iraque, Iêmen, Líbia, Síria, Somália e Sudão. Não bastasse essa atitude desumana e insensata aos olhos da humanidade, ele ainda sugeriu ao México a construção de um Muro separando a fronteira dos dois países.
A Coréia permanece dividida entre o progresso do Sul e o atraso e o ranço do povo do Norte, comandados por generais tão medíocres quanto violentos. Um verdadeiro barril de nitroglicerina a céu aberto, em condições de explodir a qualquer momento.
Aqui na América do Sul, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, mesmo tendo tantas coisas por fazer em seu país, resolveu imitar o bufão americano e publicou no Diário Oficial, medidas que impõem maior rigor para os estrangeiros que pretendem entrar naquele país e maior celeridade na extradição de estrangeiros que cometam crimes em solo argentino.
Exemplos não faltam no mundo contemporâneo de intransigência religiosa, política, e principalmente ideológica na convivência entre os povos, que ao contrário deveria ser harmônica, pelo bem do próprio planeta.
Os líderes mundiais, representantes dos países ditos desenvolvidos, deveriam estar construindo pontes e não muros para afastar ainda mais a difícil possibilidade de um futuro de paz e desenvolvimento entre os povos.
A manutenção do planeta depende da compreensão destes lideres para com o fim das guerras, a redução drástica da poluição e para que juntos possamos salvar o que resta do nosso habitat antes que seja tarde demais.
É preciso que lutemos em todas as frentes para evitarmos a disseminação do ódio, respeitando diferenças ideológicas, de raças e culturas, pondo fim ao desrespeito que transita livremente nas ruas e nas redes sociais e o que é ainda pior, nos palácios dos governantes das grandes potências.
*Aposentado