Paulo Panossian*

Por culpa do Planalto, parece que vai prevalecer a máxima de onde passa um boi passa boiada! Já que, depois do sucesso da greve dos caminhoneiros, que mesmo recheada de violência e baderna, conseguiram entre outras concessões, uma redução significativa de R$ 0,46, por litro de diesel, agora, são os consumidores de gasolina, que também pressionam o governo visando redução de preço nas bombas, e do gás de cozinha. A direção da Petrobrás, parece abrir espaço para rediscutir o reajuste diário dos combustíveis. E o governo estuda até seguro para enfrentar as variações dos preços. Nesse jogo de forças, e tentação de populismo politico, o que não pode está ameaçado a eficiência e a arrecadação do Petrobrás! Esta estatal têm centenas de milhares de investidores pelo mundo. E, hoje, recuperada do desastre petista, gera empregos, paga regiamente impostos, é a que mais investe no País, e ainda transfere bilhões de reais em dividendos para o tesouro aliviando o déficit fiscal…

Vida dura dos sindicatos

Os sindicatos dos trabalhadores vivem a mingua depois do fim do imposto sindical! Que aprovado pelo Congresso, no bojo da reforma trabalhista, e entrou em vigor em novembro de 2017, e foi o que determinou a brusca queda de 88% da arrecadação dos sindicatos, como publica reportagem do Estadão! E, hoje, se esforçam para sobreviver! E como uma empresa, correm atrás dos clientes, ou seja, dos trabalhadores a fim de aumentar o número de associados! Como exemplo, o sindicato dos trabalhadores da construção civil de São Paulo, dos 450 funcionários, com as dificuldades teve que reduzir para 150. Porém, arregaçaram as mangas, e conseguiram nestes últimos seis meses aumentar o número de sócios de 19 mil para 69 mil. Já que, com o fim da farra dos fartos recursos, que, os mais de 17 mil sindicatos dividiam há décadas o imposto sindical, que, em 2017, distribuiu em torno de R$ 3,5 bilhões, essas entidades para fazer caixa estão vendendo até veículos, imóveis, etc. Quem sabe agora, longe das orgias políticas, venham a prestar melhor serviço aos trabalhadores…

Recorde de homicídios

Um País como o nosso que tampouco tem competência para estruturar a sua economia, e formada por uma classe politica mais preocupada em desviar recursos da educação, saúde, infraestrutura, etc., infelizmente, também se lixa pelo combate a violência urbana. Como em 2016, que batemos um recorde de 62.5 mil assassinatos no País, com média assustadora de 30,3 assassinatos por 100 mil habitantes! Destes 33,5 mil, ou 50,3% do total são de jovens, e 4.645 de mulheres assassinadas, como demonstra o Atlas da Violência 2018, elaborado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Enquanto a taxa de homicídios contra negros é de 40,2 por 100 mil habitantes, dos não negros cai para 16 por 100 mil habitantes. No Estado de São Paulo, entre 2006 a 2016, ocorreu uma redução de 47,7% de assassinatos contra negros, detendo a menor taxa do País, de 13,5 homicídios, e de não negros 9,1. Porém, não é esta a realidade em outros Estados, como em Sergipe, 79, e no Rio Grande do Norte, 70,5 por 100 mil habitantes. Ou seja, a mediocridade reina nesta terra tupiniquim! Que infestada de corruptos, e corporativismo nocivo e incontrolável dentro das nossas instituições, ainda perversamente deixa a população refém da bandidagem…

Dos subsídios ao caos

Neste País, dos subsídios, e das bolsas, fomentar uma “bolsa combustível” como este desgovernado Planalto, deseja estender para o preço da gasolina e gás, como infelizmente, já aceitou a chantagem das entidades dos caminhoneiros subsidiando o preço do diesel, poderá custar ao bolso do contribuinte até o final deste ano R$ 30 bilhões, como divulga o Estadão! E é uma loucura! Não tem almoço grátis… Ora, sem recursos e com o enorme déficit fiscal que temos, é o mesmo querer promover o caos econômico e social no País. Um governo sério nesta hora, baseado na situação fiscal do País, não pode se acovardar! O problema desta Nação, é muito maior, e preocupante do que o alto preço dos combustíveis! Chega de subsídios, instrumento este retrógrado, que, historicamente vem retardando o desenvolvimento do Brasil. E se atendido também para os combustíveis, além de correr o perigo de se perpetuar, vai exigir num futuro próximo, penoso sacrifício da população! E quanto mais desprezarmos a aplicação de uma contabilidade publica realista, corremos sério risco de se tornar uma Venezuela!

Jornalista – paulopanossian@hotmail.com