Ivan Santos*

Em anos de eleições no Brasil, as mentes de algumas cabeças coroadas da política nacional ficam iluminadas e deles surgem ideias impressionantes. A última originalidade em decorrência da crise econômica e social causada pela pandemia do coronavírus é adiar as eleições municipais marcadas para o primeiro domingo de outubro vindouro. Não é só a reeleição. Vários caciques políticos sugerem que a decisão eleitoral seja concluída no primeiro turno de votação para todos os candidatos. A proposta também sugere o fim da reeleição para cargos executivos.

Quem defende a disputa eleitoral única e fim da reeleição nas próximas eleições é a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O fim da reeleição também seria para governadores e presidente da República a partir de 2022. A CNM também propõe a unificação das datas eleitorais para todos os níveis. Para seduzir deputados e senadores, o presidente da CNM, Glademir Aroldi sugere transferir o dinheiro do Fundo Eleitoral de 2020, para as próximas eleições. Seria uma ajuda para o Ministério da Saúde para combater o coronavírus.

Pelo calendário eleitoral em vigor, a próxima campanha eleitoral para prefeito e vereador vai começar no dia 16 de agosto e o primeiro turno da eleição será no dia 4 de outubro. Pouca gente hoje no Brasil acredita em mudança no Calendário Eleitoral em vigor, mas no Brasil, mudanças eleitorais têm sido surpreendentes nos últimos anos. Então é melhor esperar com paciência o desfecho da proposta do adiamento das eleições deste ano.

*Jornalista