Ivan Santos*

O ano de 2019 acabou. Foi o primeiro ano da Nova Política comandada pelo Capitão-Mito Bolsonaro. Esse movimento que comanda o Brasil, comemora como grande feito a aprovação de uma Reforma da Previdência que, na verdade, foi uma iniciativa capenga que só vai servir para ajudar o governo na luta maiúscula que trava todos os anos para controlar contas públicas. Para alguns especialistas foi uma ação para aliviar o Tesouro da República de um déficit anual superior a R$140 bilhões. A Reforma da Previdência foi incompleta e tímida porque não tratou da Previdência dos servidores estaduais nem dos municipais. Minas Gerais, por exemplo, continua com um déficit maiúscula na Previdência Estadual e Municípios como Uberlândia não têm certeza de como ficará a Previdência própria nos próximos 10 anos.
O ano de 2020 começa com futuro incerto e imprevisível porque os viventes humanos do País ainda não sabem quais e como serão os passos futuros do governo da Nova Política. Aprendi no Jornalismo que cada dia é um dia. Ontem foi; hoje é. Amanhã será. Para amanhã poderemos ter previsões que podem se concretizar ou não. Hoje o presidente da República não tem partido nem projeto para a economia. Fala muito contra desmandos de governos do passado, mas não diz o que fará para reativar a produção econômica, como enfrentar uma eventual crise internacional nem como fará para produzir e distribuir renda.
O jornal “O Estado de São Paulo” destacou ontem na primeira página que o Capitão-Mito prepara programas para imitar o PT de Lula e de Dilma. Com prioridade para a própria reeleição em 2022, o Capitão prepara um Esquema para turbinar o Programa Bolsa Família, porém com o nome de Renda Brasil, mas o mesmo esquema montado pelo PT: distribuir dinheiro público gratuito para os pobres que tenham títulos de eleitor. A Nova Política também reformulará o Programa Minha Casa Minha Vida para ajudar famílias pobres a comprar uma “casa própria”, reformar ou mobiliar outra para morar melhor. Nada de novo. Simples repetição de mágicas eleitorais lulopetistas, com certeza. A promessa de implantar um sistema de governo liberal-capitalista parece sepultada em favor de um projeto eleitoreiro populista. Então, nada de novo em Pindorama no começo do segundo ano do governo do Capitão-Mito Liberal. O tímido reajuste do Salário Mínimo recém anunciado foi um sinal de que tudo continuará como no tempo de Lula e Dilma. Esperem que o Capitão populista poderá aparecer numa fila de self service para provar da “comida do povo” numa rua de pobres nos próximos dias. O populismo tem razões que a própria razão desconhece.

*Jornalista