Gustavo Hoffay*

Tudo está errado em relação a políticos, Justiça e a nós mesmos, brasileiros acomodados e que apagamos das nossas mentes o significado das palavras “pátria” e “cidadania”. Alias se Evaristo da Veiga (poeta, jornalista, político e livreiro brasileiro que viveu a quase dois séculos passados) autor da celebre frase “ Já raiou a liberdade no horizonte do Brasil” soubesse o que iria acontecer à nossa pátria amada, trocaria a palavra “liberdade” por “ honestidade” e como a uma incitação para que buscássemos, de fato, livrarmo-nos das algemas impostas por algum ou outro membro de um colegiado superior que (até)sadicamente promove um total descompasso entre muitos que, pressupõe-se, entendem o real significado do termo Justiça e muito daquilo que ele prognostica :razão, lógica, paridade, equidade, igualdade, isonomia …… O que ocorre naquele Tribunal e verificado periodicamente por milhões de brasileiros, via imprensa, seria algo comparável a uma involução na esfera do Direito; o que faz cair por terra ou afundar-se no mais profundo dos oceanos o que entendemos por licitude e retidão em alguns julgamentos e na aplicação das leis. O que, aliás, muito infelizmente,termina interferindo e influenciando (“sob efeito cascata”) a aplicação das leis em relação a processos jurídicos no âmbito geral, uma sustentação baseada na existência de uma norma que foi fonte geradora a partir da sua aceitação por um tribunal superior; em outras palavras, uma tragédia em se tratando de fazer justiça entre todos nós, meras criaturas curumins na visão de alguns poucos e privilegiados magistrados a nível federal. Para o “povão”, do qual orgulho-me fazer parte, a tendenciosidade vem sendo a norma em um Tribunal Federal e penetra cada vez mais nas diversas camadas da nossa já social e economicamente injustiçada população tupiniquim, cujos jovens ,aos poucos e lentamente, sentem o quanto ela vem sendo deformada diante de sua visão do que ocorre de bizarro em uma determinada Corte sediada em Brasília. Aumenta a cada dia a apreensão popular em virtude de tais fatos e o que, certa e subliminarmente, facilita ainda mais a exaltação de ocorrências impróprias (criminosas, sim) a partir de pessoas diversas, exprimindo a dimensão mais sombria de quem deveria zelar pela nossa Justiça. Lamentável….em todos os sentidos e sob o ponto de vista popular, algumas atuações e decisões de alguns daqueles conhecidos , estelares e titãs juízes. Diante de tanto descalabro imagino não serem poucos os cidadãos brasileiros que encontram-se impactados e apreensivos com a nossa Justiça.Recentemente, numa roda de antigos conhecidos meus, foi cogitado o perigo de nossos jovens acabarem considerando aceitáveis os modelos de comportamento tão insistentemente praticados por alguns juízes do STF e inclusive, mais recentemente, pelo ex-procurador da República, Rodrigo Janot. Vê-se, pois, que tais “espetáculos” levam a uma possível “contaminação” e, quanto mais, quando transmitidos “ao vivo e a cores, via Embratel”, para milhões de lares habitados por milhões de impúberes, cuja educação paterna e materna pode por eles ser subjugada em favor de uma assistência que deturpa-lhes um sentido de razão e ainda em formação. O frenesi daquelas autoridades judiciárias diante de algumas (inexplicáveis) penas por elas impostas, deveria sofrer cortes ou ser proibida a sua divulgação pela imprensa, sob pena de desinformar e ainda promover e incentivar atos antiéticos em família, na escola e na sociedade. Talvez, censurando ou causando cortes em algumas transmissões “ao vivo” de transmissões das sessões do STF, especialmente durante a fala de alguns ministros, fosse contido o fluxo de desserviço ali presente e tão prejudicial à formação do caráter e da personalidade dos nossos jovens, visto que aos mesmos é facilitada uma incômoda conivência com falas e fatos danosos à sua sadia educação moral e cívica. Quanta tristeza assistir a que ponto chegou o que deveria ser um digno exemplo da representação máxima da magistratura tupiniquin…..

*Agente Social – Uberlândia-MG