Paulo Panossian*

Ah, como seria ótimo se os ministros do STF, tivessem a sensibilidade de jugar temerário um reajuste de seus proventos no momento em que, o País, enfrenta um monstruoso déficit nas contas públicas!  Mas, infelizmente, não foi isso que ocorreu, porque, o presidente do STF, Dias Toffoli, como chefe deste corporativismo fétido, pressionou o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, (que também se lixa para as contas publicas) para que fosse votado e aprovado, como foi de 16,38%! Esse reajuste fora de hora, ou vergonhoso, para os ministros do STF, vai elevar seus soldos dos atuais R$ 33,7 mil que recebem mensalmente (fora os penduricalhos excrescentes) para R$ 39,2 mil, em 2019! E, onerar os cofres públicos no próximo ano em mais R$ 5 bilhões.  Sem contar, que esse será o teto para o funcionalismo, e certamente, como efeito cascata, atingirá outros setores dos servidores que também serão reajustados, aumentando ainda mais o rombo nas contas publicas…   É doloroso, mas, pura realidade; os 41 votos a favor deste escabroso reajuste, saíram dos senadores dos seguintes partidos: PMB, PSDB, DEM, PT, PDT, PSB, PSD, PTB, PR, PP, PRB, PROS, e do Podemos!   Gente esta, que, não honra os votos que recebem nas urnas?!…

TRABALHO SEM MINIETÉRIO

Bola dentro de Jair Bolsonaro! O presidente eleito faz muito bem em acabar com o Ministério do Trabalho, que há décadas é um feudo do PTB, e do PDT, de Ciro Gomes! E, que nestes últimos anos, mais serviu como um antro de corrupção! Já que, seus dirigentes cobravam até R$ 3 milhões de propina para autorizar registros para criação novos sindicatos dos trabalhadores.  E não por outra razão que, dos 11.354 sindicatos que existiam em 1991, esse número em 2017, saltou para 17.200 sindicatos. Que mais tem servido de orgia para esses pelegos travestidos de dirigentes sindicais, que mais se lambuzavam sem prestar contas, com os milionários recursos distribuídos como dos R$ 3,5 bilhões, em 2017. Infelizmente, recolhidos anualmente dos trabalhadores como imposto sindical. Que, felizmente, extinto foi esse tributo na gestão Temer!  Lógico que, não haverá prejuízo para os trabalhadores porque conforme prometeu Bolsonaro, esta pasta será incorporada por outro ministério…

COMUNICAÇÃO FALHA

Sinceramente, torço para que o novo presidente Jair Bolsonaro, faça um grande governo, porque o que está em jogo é o futuro da Nação. Mas, a considerar as gafes do eleito, e inoportunas falas de seu ministro da fazenda Paulo Guedes, nestes diminutos 10 dias após a aclamação de sua vitória no segundo turno, vejo razões para se preocupar. O Bolsonaro, erra quando se espelha em assuntos internacionais ao destemperado e nada diplomático presidente dos EUA, Donald Trump, quando diz que a China, não quer comprar só do Brasil, na verdade quer “comprar o Brasil”. O que gerou um mal estar no governo chinês. E outro contencioso absolutamente desnecessário com os países árabes, quando afirma que vai mudar a embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv, para Jerusalém! E, o Paulo Guedes, sem faro diplomático algum, diz que o Mercosul não é prioritário (mesmo sendo o terceiro melhor parceiro comercial do Brasil…), e, que, para aprovar a inadiável reforma da Previdência, ainda neste ano, precisamos dar uma “prensa” nos congressistas! Esta expressão “prensa”, que o povão pode até gostar, mas, que não faz bem para relação institucional, criou melindres, e duras criticas do nosso Parlamento. Ou seja, o Bolsonaro precisa melhorar a comunicação institucional e parar de brincar de Trump, em assuntos internacionais. E se precisar um modelo de comunicação equilibrado, nada populista e respeitoso, não precisa ir ao posto Ipiranga, é só falar com o seu ministro da Justiça, Sérgio Moro. Que em entrevista de quase duas horas, a jornalistas, para explicar sua saída da magistratura, e aceitar um cargo ministerial na futura gestão Bolsonaro, não cometeu nenhuma gafe, e mereceu elogios pela sua conduta, inclusive da jornalista e articulista do Estadão, Vera Magalhâes, “Sergio Moro mostra apuro em técnica de roteiro e fecha seu arco narrativo com maestria e coerência”. Ou seja, não adianta ter ótimos técnicos, e um presidente bem intencionado como acredito que seja o Bolsonaro, se o nível de comunicação não espelha bom conhecimento, e excelência em diplomacia…

12 MESES DE SUCESSO

A reforma trabalhista completa um ano de pleno sucesso! Essa providencial reforma aprovada na gestão de Temer, modernizou a relação capital/trabalho. E o número de 1,4 milhão de ações trabalhistas neste primeiro ano pós reforma, significou queda na demanda de 38%. E dos 2,4 milhões de ações que estavam acumulados em dezembro de 2017, esse estoque na Justiça do Trabalho, se reduziu para 1,9 milhão, em 2018. Com isso, os juízes ganharam mais tempo para analisar a demanda, gerando aumento da produtividade. E a rejeição dos magistrados com a reforma trabalhista também se esvaziou…

*Jornalista – paulopanossian@hotmail.com