Ivan Santos

É preciso que cada brasileiro se lembre de que o Brasil cresceu ilusoriamente no tempo dos governos dos militares e que o Milagre Brasileiro ocorreu com o financiamento de poupança externa. Não houve crescimento interno real nem justa distribuição de renda no tempo dos militares no governo federal. Depois do controle da inflação pelo Plano Real ocorreu distribuição de renda, mas faltou completar a desindexação da economia, obrigação que foi transferida por FHC a Lula. Este enrolou o Governo na ideologia esquerdista e passou a distribuir renda por decreto. Lula não fez a desindexação da economia. Segundo respeitados economistas, a indexação continua ativa. Os governos do PT mantiveram-na durante 12 anos através da correção dos preços administrados, alugueres e salários, principalmente o Mínimo. Com este modelo a inflação não só permaneceu, mas cresceu. No Brasil a economia estacionou e agora caminha para zero e está em recessão. O recente exemplo da Rússia serve de motivo à meditação da elite pensante brasileira. Não é preciso acreditar ou confiar que líderes de partidos populistas interessados em encantar a plebe ignara para conquistar apoio e poder governam com seriedade. Governo populista não se preocupa com recessão; preocupa-se sempre é com as palmas do povo diante dos líderes de plantão. No Brasil os dirigentes dos principais partidos e os aliados no Parlamento da República só pensam em conquistar votos para continuar no governo. É a sociedade que precisa se mobilizar e exigir que os políticos governem com seriedade e apliquem o dinheiro público em favor de uma educação de boa qualidade, de saúde e de segurança para todos. O governo liderado pelo PT e sustentado por uma base aliada liderada pelo PMDB encerrou com Dilma com as contas públicas desalinhadas, a saúde na UTI, a violência crescente nas cidades e nos campos e sem luz no túnel do tempo. O Brasil está com as finanças arruinadas. Não tem sentido liberar, por ano, R$ 15 milhões para cada parlamentar distribuir nas bases eleitorais de cada um deles, sem controle do Tribunal de Contas da União ou da sociedade civil organizada. Pensem nisso para o ano que vem com governo novo e Congresso renovado.

*Jornalista