Paulo Panossian*

A presidente do Supremo, ministra Carmem Lúcia, tomou duas decisões nestes últimos dias! Uma boa, atendendo o Conselho da OAB, na qual, concedeu liminar suspendendo as novas regras nos planos de saúde, como da cobrança de 40% por cada procedimento realizado, que iriam afetar 47,1 milhões de beneficiários! E, outra ruim, ou péssima, para as contas publicas, em que, a ministra pressionou o Congresso, enviando até carta aos parlamentares, para que não proibissem na votação do relatório da LDO, a concessão de reajuste para o funcionalismo publico em 2019! E atenderam… E infelizmente, foi aprovado no plenário da Câmara, e vai gerar despesa da ordem de R$ 17,5 bilhões, onerando os já combalidos cofres públicos no próximo ano. A meu ver, Carmem Lúcia, se mostra incoerente, ao dar uma no cravo e outra na ferradura! E, apesar de belo texto ao firmar sua decisão sobre os efeitos negativos do reajuste nos planos de saúde, em que diz “Saúde não é mercadoria. Vida não é negócio. Dignidade não é lucro”, porém, o possível reajuste do funcionalismo público em 2019, que a ministra de forma corporativa defende, certamente vai afundar ainda mais as contas publicas, e caos na nossa economia! E piorar significativamente a vida, saúde, e dignidade do povo brasileiro! Pelo amor de Deus, está na hora de parar de brincar com esta Nação…

INIMIGOS DA PÁTRIA

Infelizmente, estão dentro das nossas instituições, os verdadeiros inimigos da Pátria. Não bastasse a irresponsabilidade dos presidentes do Senado, Eunício de Oliveira (MDB), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) que não medem esforços para colocar em votação pautas bombas que até aqui já aumentaram descaradamente em R$ 100 bilhões, as despesas do governo, e que, certamente vão deteriorar ainda mais o déficit nas contas publicas, agora, e em conluio com o judiciário, pretendem elevar também, o teto salarial do funcionalismo dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 38 mil. Coincidência ou não, essa diferença é exatamente a mesma do valor do excrescente auxílio-moradia de R$ 4,3 mil, que magistrados e outros privilegiados das nossas instituições recebem, e que agora, pretendem perpetuar inserindo esse valor no salário… Não é com esses inimigos da Pátria, que um dia este País, vai dar certo…

*Jornalista – paulopanossian@hotmail.com