Ivan Santos*

A situação econômico-social de Minas Gerais está ruim demais neste ano e poderá piorar em 2019, qualquer que seja o governador eleito em outubro. Se esse for um governante despreparado e sem apoio político, o Estado poderá ficar pior do que está. Qualquer observador atento das condições econômicas e sociais do Estado pode perceber um cenário negativo sem dificuldade. Na semana passada o governador Fernando Pimentel mandou para a Assembleia Legislativa o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019. Uma simples mirada na previsão da receita e da despesa dá para perceber que não há intenção de cortar despesas supérfluas nem bondades politiqueiras. A previsão da Receita é de R$ 98,8 bilhões e a da Despesa, R$ 104,4 bilhões. Sem acidentes em 2019, o Estado prevê hoje um déficit de R$ 5,6 bilhões. Se a economia não melhorar e houver queda na receita, ninguém poderá hoje prever o que poderá acontecer nas Alterosas. Isto sem falar que o Estado tem um desequilíbrio negativo de quase R$ 80 bilhões nas contas públicas. Nesta condição, que candidato poderá prometer com segurança aos leitores melhora na saúde, na educação, na segurança e melhorar a infraestrutura? Neste momento, nenhum. No ofício que enviou aos deputados estaduais o governador Pimentel destacou que ”os parâmetros estabelecidos sinalizam o compromisso permanente com o reequilíbrio das contas públicas e a reversão do quadro de calamidade financeira decretado no exercício de 2016”. É fácil culpar governos passados pelo descalabro financeiro do Estado e continuar a governar no mesmo estilo, sem austeridade para equilibrar as contas públicas. Gente, este modelo de gerir contas públicas faliu. É preciso mudar para novo modelo de governo com austeridade e realista para nunca gastar mais do que arrecadar. O saudoso comediante Chico Anísio dizia que “palavras são palavras, nada mais do que palavras”.
ANASTASIA – O senador Antônio Anastasia, pré-candidato ao Governo de Minas pelo PSDB, avisou ao prefeito Odelmo Leão (PP) que no começo de junho visitará Uberlândia em companhia do tucano Geraldo Alkmin, candidato a presidente da República, para iniciar uma conversa afinada com lideranças políticas, sociais e econômicas locais que não apoiam a reeleição do petista Pimentel.

*Jornalista