Ivan Santos – Jornalista

O Capitão Mito Bolsonaro, sem mandato e com inelegibilidade decretada pela Justiça Eleitoral até 2030, mostrou no domingo passado, em São Paulo que é líder na direita que se opõe ao governo Lula. Resta agora uma pergunta aos brasileiros: o que vai mudar no País depois do comício de São Paulo? Algumas respostas já podem ser antecipadas. Muda nada. O Brasil continua dividido entre a esquerda que governa o País e a direita que dá sinais de querer ver o Mito de novo no comando do Governo.
Com o comício de domingo Bolsonaro antecipou o debate político que só ocorreria em 2026 para escolher o sucessor de Lula. Bolsonaro continua a defender o slogan “Deus, Pátria, Família e Liberdade e nenhuma proposta para melhorar a economia e defesa intransigente do conservadorismo para que nada mude na estrutura social do País. O Mito também defende um Brasil religioso comandado por evangélico para impedir o acesso de comunistas na sociedade brasileira.
A esquerda comandada pelo PT com a liderança de Lula, está no governo e procura levar adiante um programa assistencialista para socorrer a pobreza que é grande e se aproxima da miséria.
Bolsonaro propôs no comício uma anistia para os que invadiram prédios públicos no dia 8 de janeiro de 2003. Simples: a liderança bolsonaristas poderá apresentar um projeto de anistia na Câmara ou no Senado. Se for aprovado os presos serão perdoados e liberados. Blá blá blá leva nada a lugar nenhum. É bom lembrar que no ano passado o Mito tentou liderar uma frente no Congresso para impedir a aprovação da reforma tributária e não foi bem-sucedido. A reforma foi aprovada sem a vontade dele.
É bom lembrar que o Capitão teve influência no Congresso quando estava na chefia do governo e tinha uma caneta na mão para assinar nomeações e pagar Emendas Parlamentares. Hoje o Mito está longe do poder e a caneta que ele tem é comum.
O cenário político hoje é pacífico. O PT está no poder com Lula, mas não tem um nome com prestígio eleitoral para substituí-lo em 2026. Bolsonaro tem prestígio popular, mas está inelegível até 2030. Se quiser se candidatar a presidente precisa reverter a inelegibilidade na Justiça Eleitoral.