Marilia Alves Cunha – Educadora e escritora – Uberlândia – MG

Quem frequenta as redes sociais depara-se com inúmeros pedidos de ajuda, principalmente de pais e mães desesperados, procurando auxílio para manter a vida de seus filhos. Comumente, crianças e adolescentes portadores de câncer infantil e doenças raras. Dá uma tristeza profunda sentir a dor dessas pessoas, vendo filhos morrendo aos poucos, á mingua, sem a mínima possibilidade de adquirir por conta própria remédios caríssimos. Sem, ao menos, poder aliviar o sofrimento dos entes queridos.

Enquanto isto, enquanto a dor, a miséria, a falta de recursos campea solta no nosso Brasil, existe paralelamente um mundo muito diferente. Um mundo colorido onde não existem dificuldades (financeiras e sociais. Ninguém é feliz o tempo todo). Um mundo onde sobram benesses e bem estar e no qual um rico e poderoso Brasil continua dando as cartas, gastando e sendo bastante caritativo com outros países que não deram certo, que continuam a depender de ajuda externa, apesar das “maravilhas” do socialismo.

Tivemos notícias, estes dias, que o governo brasileiro, para promover a segurança alimentar e nutricional da América Latina (que lindo), enviou para Cuba 125 toneladas de leite em pó e outras tantas toneladas serão enviadas de milho, soja e arroz. Arroz, gente! E o nosso pobre impedido de comer o seu arroz bendito de todo dia, a 43 reais. Pois é! No momento difícil por que passamos, momento em que os brasileiros continuam sofrendo com a fome, a falta de água e saneamento básico, momento em que muitos sofrem a perda de seus poucos bens para as enchentes, o governo brasileiro, insensível e apático às causas maiores brasileiras, usa nosso dinheiro, o dinheiro de nossos impostos para ajudar ditadores que amam as bases teóricas de suas ideologias e desprezam o seu povo.

Foi feito também um corte muito grande no Bolsa Família. Será que este corte obedeceu a um planejamento, a um ordenamento, terá sido justo? Será que outras despesas mereceriam prioridade, tais como:
– Aumento de capacidade na internet do Aerolula. Deverão ser gastos agora, 13 milhões e 900 mil reais para aparelhar melhor o avião presidencial. Compreensível, compreensível! No governo atual as viagens abundam e o presidente e a primeira dama não prescindem de conectar-se nas extensas e monótonas horas de voo. Os aviões da FAB também têm cortado os bonitos céus do Brasil, nunca trabalharam tanto. E haja ministros e autoridades mais importantes se deslocando pelos bonitos céus do Brasil. O Arthur Lira, por exemplo, aproveitou bem os dias de Momo. Primeiro aterrissou em Salvador, para curtir os trios elétricos. Aquela maravilha, só não foi quem já morreu… Depois, rumou para o Rio de Janeiro, onde desfilou no domingo de carnaval, acompanhando a escola Beija Flor de Nilópolis. Com toda razão, o enredo do samba da escola era uma homenagem a Maceió. Sinceramente, a não ser o fato de Maceió ser o estado natal do ilustre presidente da Câmara, não consegui compreender o porquê daquela homenagem. A escola foi recompensada com 8 milhões… O povo pagando caro, a vida fácil de muitos, inclusive a alegria foliã de nossos ilustres políticos.

E a viagem de Lula ao Egito, acompanhado de sua digníssima esposa, sem uma explicação plausível para que serviria, a que se destinaria, foi simplesmente desastrosa em vários aspectos. Mas, tudo bem! Deve haver motivos relevantes para tantas viagens, só que não sabemos quais são. O que não dá para entender é o fato de o presidente ter estado por tantos anos (nove, se contarmos o 2023) na direção deste país colosso e não ter aprendido nada, nem as coisas mais corriqueiras. Até hoje ele entende que pés de oliveira produzem uvas… Putz!