Produção inicial prevê confecção de 2,5 mil produtos para unidades de saúde

Valter de Paula – Secretaria Municipal de Governo e Comunicação/PMU

O projeto “Pontos Que Unem” entrou, nesta quinta-feira (4), em uma nova etapa com o início da capacitação de detentos da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga para a produção de aventais hospitalares. Matéria-prima e maquinário são viabilizados pelas secretarias municipais de Segurança Integrada, Desenvolvimento Social e Saúde. De início, os insumos e mão-de-obra devem resultar em mais de 2,5 mil produtos que serão atenderão o Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro e as Unidades de Atendimento Integrado (UAIs).

Criado em maio de 2020, ainda no início da pandemia da Covid-19, o projeto “Pontos que unem” é realizado em Uberlândia por meio de uma parceria entre a Prefeitura, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e a Subsecretaria de Administração Prisional. A colaboração entre as instituições permitiu que os detentos da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga participassem da da Oficina de Profissionalização em Costura.

Por meio dessa capacitação, os detentos conhecem da planificação do modelo em esboço à peça piloto, com ensinamentos de todas as etapas, do corte à costura. Em 2020 e 2021, o projeto resultou na fabricação de mais de 70 mil máscaras, que foram entregues aos servidores municipais. Na segunda etapa, ainda em andamento, já foram garantidos mais de 2 mil lençóis hospitalares.

“É um projeto de qualificação aos apenados e, depois, retorno ao mercado de trabalho. Em contrapartida, há redução de custos para o município na aquisição desses materiais. Começamos a terceira fase (do Prontos Que Unem), e com os resultados anteriores, já estamos pensando em outros projetos em parceria com o sistema prisional”, explicou o secretário de Segurança Integrada Ednaldo Lima (o Sargento Ednaldo).

O diretor de humanização do atendimento da penitenciária, Leandro Melazzo, detalha que o trabalho dos detentos é voluntário, com remissão da pena a ser cumprida. Para a produção dos aventais, o ateliê implantado dentro da unidade conta com o trabalho de cinco reeducandos – podendo aumentar a quantia de participantes conforme a demanda da Prefeitura.

“A parceria permite que eles tenham o compromisso de produzir as peças e se sintam motivados com os benefícios conquistados: o curso de empreendedorismo ofertado e a própria profissionalização em corte e costura”, observou.