Ivan Santos – Jornalista

Quando dei meus primeiros passados para aprender a profissão de jornalista, ouvi várias vezes do meu chefe esta advertência: Aqui respeitamos a liberdade de pensamento e de manifestação, mas com responsabilidade. Como jornalista fosse pode escrever livremente, mas respeite a verdade e o direito das outras pessoas. E concluía sempre: “O seu direito termina onde começa o direito a outra pessoa com quem você fala. Para ser respeitado você precisa saber respeitar.
Eram recomendações simples e evidentes. Todo o processo de coleta de fatos e de divulgação de informações era dentre de um princípio simples: liberdade com responsabilidade. Assim aprendemos que uma acusação deveria ser revestida de provas. Acusação sem prova era difamação ou calúnia e que isso era crime.
Hoje, na era das Redes Sociais, em nome da liberdade de pensamento, uma posso, sem prova e sem conhecimento de votos, acusa outra e não se sente culpada. Pior se defendem nome de uma suposta liberdade de pensamento. Este assunto está na ordem do dia é é tema em discussão no Parlamento da República através de um Projeto de Lei das Fake(falsa) News (notícia).
A Câmara Federal marcou para hoje, terça-feira, 2 de maio, a votação o do PL (Projeto de lei) das Fake News. É uma tentativa de criar uma regulamentação para plataformas digitais e introduzir o critério de liberdade com responsabilidade em vigor no jornalismo tradicional nacional.
O PL já causou muitas discussões porque muitos congressistas defendem as informações falsas como direito de cada um falar e escrever o que quiser sem responsabilidade. A regulamentação das informações tem apoio do governo e forte resistência na oposição e das grandes redes sociais. O assunto está quente e nos próximos dias vai dar muito o que falar. Muitos astros e estrelas nasceram e cresceram como divulgadores de mentiras e falsidades. O povo deve meter o bedelho nessa discussão e dizer o que quer. A verdade com respeito ao próximo ou a mentira sem responsabilidade