Marília Alves Cunha – Educadora e escritora – Uberlândia – MG

O casal Lula da Silva está se mostrando consumidor caro para um Brasil que, dizem os petistas, tem 120 milhões de pessoas passando fome, ou 50.000.000 ou 33.000.000. Não se sabe ao certo. Como disse o atual presidente, em tempos passados: a gente inventa números e no fim tudo se encaixa.

Primeiro, na época da posse do presidente, hospedaram-se num hotel de muitas estrelas, lá ficando por algum tempo. O Palácio do Planalto não oferecia o conforto necessário para abrigar o ilustre casal e muita grana rolou, primeiro para quitar as contas do hotel (contratado sem licitação), depois para reformas nos palacianos aposentos.

Não satisfeitos, Janja e o marido almejaram móveis mais de acordo com seu novo status. O governo gastou, com a compra de uma cama e um sofá a quantia de 100.000 reais. E houve o intento de comprar uma mesa de jantar (aliás, muito cafona e feia) que custaria aos cofres públicos 200.000 reais. O ímpeto consumista foi impedido por elemento do PT que achou a conta muito alta, não porque estivesse preocupado com os gastos desnecessários, mas simplesmente porque aos olhos do público, poderia repercutir mal. O povo, na sua penúria costumeira repararia, como tem reparado, nos gastos extravagantes e fora de propósito do casal “nouveau riche”.

E dona Janja, pelo que parece, não tinha entendido muito bem a função da TV Brasil, uma instituição pública que não pode, definitivamente, servir aos arroubos de governantes de plantão para auto-promoção. Pensou, a princípio, que a TV poderia levar ao ar seu programa “Papo de respeito”. E levou… Foi a live mais cara que já houve no Brasil. A brincadeira custou 17.780,29 aos cofres públicos. Daria para a subsistência de algumas famílias, levando-se em conta o valor do salário mínimo. Que fique muito claro para Dona Janja e todos, a independência da TV Brasil em relação aos governos. Parece difícil isto chegar á consciência das pessoas e haver esta distinção. Presidente Lula acaba de nomear a última esposa de Marcelo Freixo para a direção da TV Brasil… É preciso, forçoso e necessário dar emprego para os “cumpanhêros”. Como postou a professora Tânia Tavares no seu ótimo comentário do dia 16/04, muita gente se beneficiando desta filosofia empreguista e anárquica.

E tem também as esquisitices que mostram o despreparo de ministros: assistimos a uma inauguração no governo Lula. Não de uma obra que melhorasse a estrutura do país ou que viesse a sanar algum problema existente. A inauguração foi de um letreiro, com escrita garrafal: Ministério da Cultura. Putz! Nunca vi tanta festa, tanto riso, tanta alegria, tanta gente no salão como na inauguração em foco. Nunca vi tanto entusiasmo por tão pouco… Onde estarão os petistas raiz, mais lúcidos, para impedir tais estranhos festejos? Muitos ministros do atual governo deveriam estar preocupados em conhecer seus ministérios e saber responder a perguntas comezinhas que lhes são feitas em entrevistas e das quais fogem, sem respostas…

Na sua atual viagem à China, com um séquito de fazer inveja a qualquer rei, nós pagamos as despesas dos aviões (2), do presidente e esposa e de alguns líderes sindicais, não sabemos quantos. Assim dizem, falta demonstrar. Setenta e três (73) pessoas participaram do séquito, inclusive o Stédile, aquele mesmo que anda, ousadamente, prometendo invadir propriedades privadas em abril e mais prá frente. Parece que a viagem, com toda a pompa e circunstância, não resultou em grandes coisas para o Brasil. Apenas promessas e memorandos… Aguardemos os resultados!

Pagamos impostos escorchantes. Querem e fazem planos para que paguemos mais. Chamam-nos de esbanjadores, quando temos mais de uma TV ou nos atrevemos a esperar da vida e do nosso esforço cotidiano mais do que o essencial para a sobrevivência. Pagamos impostos sim, mas não temos a prestação devida através dos serviços públicos essenciais. E, atualmente, está difícil até ficar a par, como manda a lei, do destino da contribuição suada que entregamos obedientemente aos cofres públicos. Rezemos!