Daniel Marques – Historiador
Tenho observado estarrecido as investidas da mineração na serra do
curral, cartão-postal da capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Custa-me acreditar que a população mineira aceite esse desatino.
Qualquer civilização sensata não permite mineração em seu territórios,
visto que os prejuízos atuais e futuros não compensam os irrisórios
ganhos momentâneos. Tragédias como de Mariana e Brumadinho são
exemplos de como essa atividade é catastrófica. Permitir a mineração
próximo a grandes ou pequenas cidades é condenar a população a
problemas sérios de saúde devido a poluição ambiental e desvalorizar
os investimentos que já foram realizados na infraestrutura. Nossas
autoridades precisam avaliar com sensatez a permissão de atividades
mineradoras, visto que nosso país depende de suas riquezas minerais
para manter seu posto como uma das maiores economias do planeta. Já
dizia nosso poeta maior, daqui de Itabira, Drummond: No meio do
caminho tinha uma pedra; Tinha uma pedra no meio do caminho… Façamos
dessa pedra nosso alicerce e catapulta, não mais nosso obstáculo.

*Historiador

Daniel Marques – historiador
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