Ivan Santos – Jornalista
O cenário eleitoral há menos de 10 meses das eleições de outubro continua polarizado entre o ex-presidente Lula e o presidente Capitão Mito Bolsonaro. Lula, representante da esquerda e o Mito da direita. Nem Lula nem Bolsonaro apresentou até agora um programa de governo para o Brasil depois da grande crise criada entre nós pela Pandemia do Coronavírus.
Os dois candidatos melhor avaliados nas pesquisas de intenções de votos só apresentaram até agora palavras, críticas de um para o outro, mas nenhuma proposta para a saúde, a educação ou a produção econômica para gerar empregos. Estão, como no passado, com intenções de obrar maravilhas com a ajude de Deus. Um vai ser orientado por Deus e o outro pelo Espírito Santo. A direita de Bolsonaro, três anos depois de assumir o governo ainda não mostrou como é reformar a administração pública ou financiar o retorno das indústrias à produção para um mercado com 14 milhões de desempregados e 50 milhões com um dos menores salários das Américas.
A Terceira Via, desejadas por eleitores que conhecem Lula e Bolsonaro e sabem que eles têm projeto de poder e não de governo, ainda não mostrou a cara.
A Terceira Via, segundo abalizados cientistas políticos, só será viável se apresentar um sólido programa de governo que garanta retirar a classe operaria do buraco onde foi jogada e detenha o crescente do empobrecimento da classe média. Sem um programa de governo concreto e fácil de ser entendido pelo povão, a Terceira Via não será viável. Um projeto dessa natureza precisa ser apresentado até abril. O candidato ou candidata dessa Via pode ser escolhido(a) mais adiante. Por enquanto a Terceira Via é uma proposta indefinida e, por enquanto, inviável.
O governo liberal do Capitão Mito já caminha no princípio do fim. Não há neste ano clima para aprovar reformas estruturais seja a Administra ou a Tributária. O Centrão – grupo de políticos oportunistas que pensam primeiro em levar vantagem em tudo, por delegação do Mito Presidente, assumiu a administração do Orçamento. O final do governo liberal vai ser para tentar a reeleição dos velhos caciques da clássica política do “toma lá, dá cá”. Nada novo em Pindorama.