Ivan Santos – Jornalista

De hoje a uma semana o presidente Capitão Mito Bolsonaro vai completar três anos como chefe do governo do Brasil sem nada mudar da estrutura que recebeu de Michel Temer.
Depois da passagem por militares no Governo, de 1964 a 1985 quem fez mudanças significativas no governo foram os presidente Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. O primeiro lançou o Plano Real, mudou a moeda do Brasil de Cruzeiro para Real e derrubou uma inflação que chegou a 80%. Depois dele, Fernando Henrique Cardoso consolidou o Plano Real e iniciou no Brasil a desindexação da economia para garantir estabilidade e retorno à produção econômica. Ficaram duas reformas fundamentais – a Administrativa para reduzir o custo da máquina pública, a Tributária para desonerar a produção e dar competividade às empresas nacionais no mercado internacional e a da Previdência para diminuir o custo do Estado Nacional.
O presidente petista, Luiz Inácio Lula da Silva, em dois mandatos, não fez nenhuma das duas reformas essenciais deixada por fazer por Fernando Henrique. Veio Dilma Rousseff e também não tratou de reforma nenhuma. Em seguida, Michel Temer, que assumiu o governo depois do impedimento de Dilma pelo Congresso, iniciou a reforma da Previdência e a Tributária, mas não concluiu nenhuma.
Com a possa de Bolsonaro, que prometeu defender as Reformas Estruturais, o mercado esperou com ansiedade a reforma Tributária. O presidente Mito enviou ao Congresso um projeto de reforma da Previdência, mas não tratou de apoiar a aprovação da iniciativa. Quem defendeu esse projeto foi o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A reforma da Previdência foi concluída com um privilégio para militares defendo pelo presidente e não atingiu Estados nem Municípios. Foi uma reforma meia boca. A reforma tributária não contou com apoio do Poder Executivo e emperrou no Legislativo. No ano quem vem, ano de eleições, certamente, nenhuma reforma será concluída no Congresso. Teremos que esperar 2023.