Ivan Santos – Jornalista

A divulgação do relatório final da Comissão de Inquérito da Covid com a acusação de oito crimes que teriam sido cometidos pelo presidente Capitão Mito Bolsonaro, por ministros, ex-ministros, empresários aliados e até familiares do presidente, agitou o Palácio do Planalto e mobilizou os ativistas das redes sociais que defendem o Governo.
Uma das táticas dos defensores de Bolsonaro é desqualificar o relator e o presidente da CPI ao mesmo tempo em que declaram como equivocadas ou mentirosas as acusações constantes do relatório. O senador Flávio Bolsonaro, filho do Capitão Mito, chegou a chamar o senador Renan Calheiros (MDB-AL) de “vagabundo”. Este tratamento, indiscutivelmente “delicado”, feito por um senador da República do Brasil é um indicativo claro de desespero.
O parecer aprovado na Comissão de Inquérito será remetido à Procuradoria Geral da União que decidirá o que fazer. Para o senador Flávio Bolsonaro, a Procuradoria deverá arquivar o relatório. Ninguém pode agora saber o que acontecerá, mas o relatório contém acusações que carecem de respostas claras para a população, além das repercussões negativas que, certamente, repercutirão negativamente no plano internacional.
O documento divulgado foi revisado pelo grupo majoritário da CPI conhecido como Grupo G-7 e será votado pela Comissão na próxima terça-feira, dia 26. Para desqualificar o relatório, páginas governistas na Internet divulgam informações e pareceres falsos para influenciar o debate público em defesa do Governo. O relatório está à disposição dos interessados na Internet.