Ivan Santos – Jornalista
O presidente Capitão Mito Bolsonaro movimenta-se numa semana sim e na outra também em defesa da própria candidatura à reeleição em 2022. No entanto, o Mito ainda não está filiado a um partido como exige a legislação brasileira.
Por envolver-se em constantes políticas contra instituições organizadas no Estado democrático, o Capitão não conseguiu criar o próprio partido. Hoje, para ingressar num partido, o Mito quer ter autonomia para orientar os destinos da legenda que pretende usar para se reeleger. Outro problema: o Mito quer levar parentes e aderentes que o apoiam e isto, com certeza, cria dificuldade para quem já está no Partido e pleiteia um cargo na próxima eleição. Não está fácil para o Time do Planalto ajudar o Capitão a desatar este nó cego.
Na semana passada o dirigente de um partido nanico disse entre quatro paredes que as polêmicas alimentadas pelo Mito, com destaque para as críticas contra ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) causam insegurança jurídica para a legenda que receber o astro liberal. Indiferente a qualquer contratempo o Mito continua a atacar o TSE e o STF.
Nos bastidores políticos em Brasília correm cochichos que indicam negociações secretas do Mito com o PP (Progressista) o Partido do novo ministro da Casa Civil para recebe-lo e os filhos. Resta saber se em campanha intensa para expulsar ministros do STF, o Capitão da guerra permanente terá tempo para cuidar articulações políticas para criar uma candidatura competitiva para 2022. Confiar na própria luminosidade poderá ser ilusão de ótica.