Ivan Santos – Jornalista

O Centrão, grupo de partidos fisiológicos que sempre se pendurou no poder com Sarney, Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma, detestado e classificado como oportunista e corrupto por auxiliares do governo do Capitão Mito Bolsonaro, finalmente está no controle do leme deste barco liberal comandado pelo Capitão Mito Bolsonaro.

O líder do Centrão, senador Ciro Nogueira (PP-PI), vau assumir o importante Ministério da Casa Civil e coordenar todos os outros ministérios. Em troca, o Centrão, com 13 partidos e 245 deputados vai garantir estabilidade política na Câmara ao Capitão que circula de moto pelo País com o mandado ameaçado por mais de 100 pedidos de impeachment. Todos esses pedidos estão guardados numa gaveta fechada por outro astro do Centrão, o deputado alagoano, Arthur Lira (PP), presidente da Câmara.

Sobre o Centrão, o poderoso ministro Chefe do GSI – Gabinete de Segurança institucional – general Augusto Heleno, no começo deste governo cantou uma musica inesquecível, assim: “Se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”. Foi uma paródia da música “Se gritar pega ladrão…”, do popular compositor Ary do Cavaco, da Escola de Samba Portela, do Rio de Janeiro. O Centrão é o criador da política de barganhas conhecida como “Toma lá dá cá”, publicamente detestada várias vezes pelo Capitão Mito presidente da República do Brasil.

Hoje o Centrão é o orientador político do Capitão e está bem situado no Palácio do Planalto, sede nacional do Governo, onde dá as cartas na política e joga de mão. Manda e não pede. Por isto o Capitão, sem apoio do Centrão, não tem força política para vetar a maracutaia que transfere do orçamento da República para 2022, a bagatela de R$ 5,7 bilhões para os partidos gastarem adoidado nas próximas eleições. O Centrão é um poder dentro do Poder. O Capitão hoje tem a proteção do Todo Poderoso Centrão, gerido no Planalto por Dom Ciro Nogueira.