Ivan Santos – Jornalista

Aos trancos e barrancos a Reforma Tributária dá passos à frente no Congresso e sinaliza uma redução na alíquota básica do Imposto de Renda para empresas (IRPJ) de 15% para 2,5% até 2023. Na primeira etapa a redução prometida é de 15% para 5%. Isto em 2022, o ano das eleições. Até perece um aceno aos empresários-eleitores. Seja como for, a maioria dos empresários está animada.
Quem não estão contentes são os donos de mais de 20 mil empresas que hoje são beneficiadas com redução ou isenção tributária. Se a proposta for aprovada entrará em vigor a máxima sertaneja que ensina: “Do couro sai a correia”.
Outros que não ficarão felizes são os investidores em ações. Os dividendos pagos que hoje são isentos do pagamento de Imposto de Renda serão taxados em 20%. É mais uma forma que o governo não perder arrecadação. Em verdade, se não houver uma reforma administrativa que reduza as despesas correntes, alguém vai ter que pagar a conta mensal dos serviços e das mordomias dos felizardos dos Três Poderes e dos que com estes tomam vinho ou tubaína.
No mercado, quem puder repassar impostos, contribuições e taxas vai jogar a carga pra frente. Quem pagará a conta e garantirá a arrecadação do governo são os consumidores finais que não terão como nem para quem repassar os tributos embutidos nas mercadorias e serviços. A carga vai mudar de formato, não de peso.