Ivan Santos – Jornalista

O cenário político nacional está tumultuado com denúncias de falcatruas cometidas por agentes do governo no Ministério da Saúde e outras suspeitas. Um deputado federal da Base de Apoio ao Governo e um servidor do Ministério da Saúde disseram na CPI da Covid que o presidente da República fora informado em março de que havia maracutaia na importação de uma vacina indiana com um contrato bilionário. Teria sido informado e se fez de surdo. Depois desta denúncia o Capitão Mito calou-se e o governo demitiu ontem um servidor não efetivo acusado de ter pedido propina para facilitar a compra de vacinas por uma empresa privada. É muita confusão no ar e falta de explicações convincentes.
Fala-se muito de corrupção na CPI da Covid. Corrupção pra lá, corrupção pra cá. As pessoas que vivem na planície começam a desconfiar que há algum mistério oculto do outro lado da meia-noite no planalto. O governo, acusado de corrupção, acusa governadores e prefeitos de desviarem recursos remetidos pela União para gastos com saúde. Falta clareza no meio do caos para a compreensão das pessoas sobre o que realmente está a acontecer no País.
O presidente tem na pauta prioritária a discussão sobre corrupção no processo eletrônico de votação eleitoral e pede a criação de um voto impresso para conferir o resultado em 2022. Na semana passada, 11 dos principais partidos, por seus dirigentes, decidiram que não aprovaram a criação do voto impresso. Esse tipo de discussão serve para desviar a atenção públicas das acusações de corrupção que atingem agentes executivos do Governo e parlamentares. O ri-fi-fi está armado e assusta muita gente do povo e de cabeças coroadas. Onde o “busílis” vai parar ainda não é possível imaginar.