Ivan Santos – Jornalista
O Capitão Mito que preside a República do Brasil é assessorado por uma estrutura de marketing político que o aconselha a abrir discussões estéreis, mas de interesse popular. A jogada é para desviar a opinião pública da CPI da Covid 19 e de temas que incomodam o governo. Não é outra a estratégia de manter discussões intermináveis sobre medicamentos que não têm comprovação científica para curar infecções produzidas por vírus.
Enquanto a oposição e parte da sociedade se ocupam com discussões sobre cloroquina para tratar virose, as discussões sobre ações suspeitas de um ministro de Estado sobre contrabando de madeira desaparecem rapidamente dos meios de comunicação de massa e o povão não percebe as informações negativas.
Outra estratégia de dissimulação é a criação de crises como a que envolve o general Pazuello e o Comando do Exército. O presidente assume a defesa do general acusado de ignorar uma regra disciplinar da organização militar para mostrar para à sociedade que ele, como comandante em chefe das Forças Amadas, manda e desmanda. O povão gosta e o Mito consegue desviar a opinião pública do elevado desemprego, da inflação que cresce e aparece nos supermercados e do aumento da pobreza no País.
As trapalhadas do Capitão Mito servem para enganar a plateia, mas não contribuem para as reformas estruturais nem para modernizar a administração pública. A Nova Política continua tão ineficiente e antiquada quanto a Velha. Até agora nada mudou na Terra de Santa Cruz.