Ivan Santos – Jornalista

O processo político no Congresso do Brasil sempre caminhou com visão voltada para a próxima eleição. Por esta razão elementar, os projetos impopulares, tradicionalmente, só foram aprovados no início de cada mandado. Assim, votar projetos de reformas que lavem desagrado a segmentos organizados da sociedade podem levar insegurança aos parlamentares que esperam votos para a reeleição.
Como o processo político hoje não é diferente do de ontem, não será fácil aprovar no Congresso uma Reforma Administrativa que corte privilégios do funcionalismo, reduza o número de cargos em comissão e informatize os serviços para reduzir pessoal e despesas. Também a Reforma Tributária, que cria insegurança aos governadores que temem perder receitas, não será fácil hoje.
Nesta semana o ministro da Economia, Paulo Guedes, reuniu-se em São Paulo com grandes empresários para pedir-lhes apoio para as reformas. Os empresários uniram-se num Instituto Unidos pelo Brasil. Este instituto parece um Departamento de Lobby para pressionar deputados e senadores para aprovar meias reformas propostas pelo Ministério da Economia com a visão do Governo.
Não vai ser fácil aprovar reformas nesta altura do mandato do Mito que caminha para o fim com uma crise sanitária maiúscula provocada pela maior onda virótica dos últimos 100 anos. O tema principal hoje, em destaque, é a vacinação em massa para que a sociedade saia do isolamento social e volte a produzir e consumir bens econômicos es erviços. O tempo de reformas neste governo passou.