Ivan Santos*
Neste fim da Semana da Páscoa de 2021 o Capitão Mito Bolsonaro calou-se e segundo alguns observadores dos ares de Pindorama, foi rezar para que Jesus o ajuda a sair da encruzilhada que terá a frente em outubro de 2022.
O Mito não mudou o discurso dele que contina diferente das falas do ministro da Saúde, Dr. Quiroga, que recomenda o uso coletivo de máscaras e recolhimento social para conter a proliferação do coronavírus e aliviar a pressão que há hoje sobre os hospitais públicos e privados em todo o País.
A maioria da população, exceto os fanáticos bolsonaristas, já não se importa com as prescrições de saúde do Capitão. A maioria dos brasileiros sabe que ele não é médico e recomenda tratamento prévio apenas como tática política para conservar apoio de seguidores emocionados.
Raros são hoje os que ainda acreditam que o Mito e um liberal disposta a promover reformas para modernizar a produção econômica. O Mito não tem um programa definido para a Saúde, para a Educação nem para a produção econômica. O único programa definido defendido pelo capitão hoje é o da Reeleição dele mesmo em 2022. Reeleição pra quê? Certamente para combater o kit gay, a ideologia de gênero nas escolas e a criminalidade organizada.
O Mito criou um Comitê de Coordenação Nacional para o Enfrentamento da Pandemia de Covid 19. O Comitê, formado por representantes dos Três Poderes e do Ministério Público, fala uma língua e o Mito-Presidente fala outra. O desencontro é cintilante.
O Mito continua indiferente às vacinas. Dizem as más línguas que ele já se vacinou escondido e que agora vai fazer uma encenação para o público não fiel a ele. Sem medir consequência o Capitão continua a boicotar as medidas de distanciamento recomendada pelo Comitê que ele mesmo criou. As contradições no governo continuam impressionantes.
*Jornalista