Ivan Santos*

Contra modismo, radicalismo e julgamento pré-concebido, um dia escrevi um texto no qual me posicionei contra as homenagens que politiqueiros prestam às mulheres no dia 8 de março, cognominado “Dia Internacional da Mulher”. Se mulher e homem são iguais como representantes da espécie humana eu nunca entendi por que criar um dia especial do ano para homenagear mulher. Para mim mulher não precisa de homenagem nem de bajulação. Precisa é de respeito.
No final do século passado (década de 1970), quando proliferaram pelo Brasil vários “Movimentos Feministas” com teorias exclusivas para transformar a mulher em ser humano especial, digno de atenções de gregos, troianos e baianos, os humoristas Luiz Carlos Jacaré, engenheiro e Ziraldo, cartunista, criaram em Belo Horizonte um Movimento para satirizar o Feminismo. Foi o MMM – Movimento dos Machões Mineiros.
O Movimento Feminista surgira forte, acompanhado de uma apologia ao homossexualismo que, até então, era assunto guardado a sete chaves. Parecia que o heterossexual se tornaria pária da sociedade, abominável, retrógrado, paleontológico, que já havia morrido. E mais. Parecia que, ao revelar para alguém a opção pela heterossexualidade, cada homem teria que o fazer aos cochichos para não ser atacado por vigorosas amazonas.
O MMM criou 12 mandamentos dos quais destaco aqui os seguintes: 1- O verdadeiro machão tem sempre razão; 2- O verdadeiro machão nunca deve demonstrar emoções; 3- Um machão deve sempre mandar e desmandar sem respeitar a opinião da esposa; 4- Um machão pode demonstrar afeto pela esposa, mas nunca por outro homem; 5- O verdadeiro machão tem certeza que o lugar da mulher é em casa.
Depois dos mandamentos irônicas criados para enfurecer as fanáticas ativistas do Movimento Feminista, o Jacaré mandou inserir um lema para ser cultivado em segredo pelos machões: “Deus criou a mulher para domar o homem, pois a mulher põe no mundo toda a doçura”. Esta era a filosofia secreta do MMM.
Diante de alguns movimentos que estão no espaço terráqueo hoje e se intitulam “em defesa de minorias exploradas por maiorias radicais”, transcrevo um inteligente texto da lúcida educadora Marilia Alves Cunha, publicado ontem no espaço “PONTO DE VISTA deste blog:
“É CADA UMA…
Atenção, homens casados ou que têm uma companheira! As feministas estão dando um recado aos homens do sec. XXI: não chamem a esposa de “minha mulher”, chamem pelo nome. Além de quererem extirpar várias palavras do nosso vocabulário e os artigos, agora querem abolir os pronomes. E querem também mandar no modo como você chama sua mulher. Precisam olhar o dicionário, ou o google e procurar a definição correta. Chamar a mulher de “minha mulher” não significa posse, mas apenas a relação existente entre casais. Assim como posso dizer “minha amiga” ou “minha mãe” ou “meu marido…” Este tipo de feminismo não representa as mulheres. Generaliza e considera todos os homens uns imbecis, truculentos, insensíveis e violentos. Francamente, isto é uma falta de nexo, uma falta de serviço. Acabar com a língua portuguesa forçosamente não vai resolver o problema de violência e desrespeito contra a mulher. Feministas paranoicas, o buraco é mais embaixo e está faltando acrescentarem a sua agenda um tal de senso de ridículo. Tenho uma amiga que é tratada pelo companheiro de minha linda! Ela adora e eu acho super carinhoso…”
Pensa, Tigrada! Mulher e homem são iguais. Chega de blá blá blá.

*Jornalista