Ivan Santos*
A crise sanitária provocada pela Pandemia do Covid 19 no Brasil não permite a ninguém, neste momento, discutir candidatura a presidente da República em 2022. O presidente Bolsonaro, que tem negado a Pandemia e desafiado as autoridades sanitárias não usando proteção em público, chegou a chamar de maricas que mostrou temor de ser contagiado pelo vírus. O vírus não é uma gripezinha como chegou a dizer o presidente. Só ontem, o número de motos chegou perto de 2000 (1954) em 24 horas e no Brasil já morreram de Covid 19, 270.917 pessoas. Então, o assunto a ser discutido neste momento por todas as autoridades e por todos os habitantes do Brasil é a vacinação para combater o vírus mortal.
O presidente Bolsonaro, desde o primeiro ano da posse na Presidência da República, cuidou prioritariamente da própria reeleição. Agora, o ex-presidente Lula, reabilitado pela justiça para exercer direitos políticos, aparece na cena nacional como virtual candidato a presidente da República em 2022. Esse tipo de promoção político-eleitoral num momento de aflição da população carregada de incertezas para o dia de amanhã é uma falta de respeito aos habitantes do País.
Lula é passado. Tem um histórico positivo no primeiro mandato e um desfecho negativo repleto de denúncias de roubalheiras no segundo mandado e deixou como sucessora uma senhora que foi apresentada como “genrentona”, mas na prática foi uma trapalhona e acabou sendo defenestrada do governo onde deixou uma enorme crise para ser enfrentada pelo sucessor. O presidente Bolsonaro, eleito como esperança de renovação até agora não começou a governar com seriedade.
As forças democráticos, que estão no centro do cenário político nacional, precisam se organizar, criar um programa que seja aceito pela maioria da população e construírem uma candidatura fora de radicalismo da esquerda ou da direita e oferecerem uma alternativa válida para o povo brasileiro que já está fragilizado com mais de um ano de paralisação da economia, com 14 milhões de desempregados e 25 milhões de informais desnorteados.
*Jornalista