Ivan Santos*

A crise sanitária vivida hoje no Brasil e no mundo é vista por muitos observadores como a maior dos últimos 100 anos. Só a vacinação da população permitirá à sociedade humana começar a reorganizar o País após juntar os destroços. É uma devastação semelhante a de uma guerra com bombardeios destruidores. Entre nós o flagelo já dura um ano e ninguém sabe quando vai terminar.
Dizem os entendidos em ciência que a vacinação em massa é a única saída racional para por fim a mortandade por contaminação virótica. No Brasil o Governo Federal assumiu a responsabilidade de distribuir vacinas em todo o País, mas, por enquanto, o número de imunizantes disponíveis ainda é pequeno para uma população de mais de 210 milhões de habitantes. Inexplicavelmente, o líder nacional que chefia o Governo circula no meio do povo sem máscara e critica o recolhimento social recomendado por cientistas pesquisadores para evitar intensificação da contaminação no País.
O sistema de saúde pública nos municípios grandes, médios e pequenos no País entrou em colapso. No Triângulo Mineiro está deficiente. Faltam leitos hospitalares, equipamentos, médicos e enfermeiras para atender à demanda. Os prefeitos estão desnorteados. Se a crise persistir por mais uma semana as consequências no Triângulo Mineiro serão imprevisíveis.
No País, o número de mortos está em mais de 250 mil. Quem entende já disse que não haverá melhora sem vacinação de 80% da população. Resta convencer o presidente da República de que a reativação da produção econômica depende da imunização em massa. Para isto é preciso entrar numa economia de guerra com gastos públicos sem limite. É oito ou oitenta.

*Jornalista