Ivan Santos*

Estamos no final de fevereiro do terceiro ano do mandato do chefe da Nova Política. O Brasil enfrenta a pior pandemia da sua história, com um vírus que invadiu o mundo e, neste país, mata hoje mais de mil pessoas por dia. O Capitão Mito que se elegeu presidente com a promessa de instituir uma nova política liberal para reativar a economia e combater a corrupção, parece metido em uma “camisa de onze varas”. Esta expressão – camisa de onze varas – segundo o linguajar dos caboclos do Grande Sertão das Gerais indica algo incômodo, perigoso, terrível. Um “um beco sem saída”.
Estamos praticamente no fim do primeiro trimestre de 2021 e o Governo do Capitão ainda não tem aprovado o Orçamento para este ano. Esta é uma situação estranha. Sem orçamento oficial o Mito procura recursos para oferecer ajuda emergencial em dinheiro a, pelo menos 50 milhões de brasileiros que estão na rua da amargura, sem renda e sem meios de subsistência.
O ministro da Economia procura uma solução para que o Capitão possa autorizar um gasto imprevisto de R$ 30 bilhões para ajuda emergencial. O governo não tem orçamento nem de onde tirar dinheiro sem prejudicar outras áreas. É nó cego.
Para embolar mais ainda no jogo no meio do Campo, os principais jornais do País informaram que o Mito prometeu a deputados do Centrão a liberação de R$ 3 bilhões em Emendas Parlamentares para que eles elegessem o atual presidente da Câmara e o do Senado. Prometeu, mas ainda não pagou. Se esta fatura não for paga até setembro, o Mito corre o risco de ver os adesistas do Centrão com a cara feia na Câmara e no Senado.
Como o céu para o Chefão não e de brigadeiro neste momento, a saída política tem sido alimentar conflitos nas redes sociais para que o povão não perceba nem ouça o “canto agourento da cotovia”.

*Jornalista