Ivan Santos*

Após dois anos como comandante-em-chefe da República do Brasil, o presidente Jair Messias Bolsonaro lançou e chefia uma Nova Política. Nova porque o chefe do Governo, após 24 meses, não construiu uma Base de Apoio no Congresso nem cuidou de formatar uma articulação séria nas relações do Poder Executivo com os outros dois poderes da República.
Antes da posse, o Capitão prometeu iniciar no Brasil as reformas estruturais básicas para implantar um governo liberal. Ao cumprir a metade do mandado, o Capitão não apresentou o formato da Nova Política e só viu nascer, uma reforma maia-boca da Previdência. Essa reforma só foi aprovada porque contou com a boa vontade de deputados e senadores. A reforma da Previdência deixou de lado a Previdência dos Estados e a dos Municípios que, como Uberlândia, operaram previdência própria para seus funcionários.
O Capitão Mito sabe que depois da paralisação imposta à produção econômica nacional, o retorno ao amento da produção com novos investimentos só ocorrerá depois que os agentes econômicos conhecerem as prometidas reformas Administrativa e Tributária. No Congresso há dois projetos de reforma tributária, um na Câmara e outro no Senado. Não há o projeto do Governo e sim remendos. Os parlamentares sabem que nenhuma reforma tributária será aprovada antes de uma Reforma Administrativa que indique como serão os gastos do Governo e o déficit orçamentário futuro. O Governo não apresenta projetos de reformas.
Nos dois primeiros anos do Governo a prioridade do Chefe foi a reeleição dele. O ano de 2021 será o da antevéspera das eleições de 2022. Se não mudar, o Mito passará o restante do Governo sem cuidar de reforma alguma e, simplesmente a cuidar de uma pauta de costumes para cultivar eleitores conservadores para as próximas eleições. A produção econômica para gerar empregos e renda será prometida para o futuro incerto e hoje desconhecido.

*Jornalista