Na semana, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) desembarcou em Uberlândia como um medieval cavaleiro andante, “armado” para combater no Brasil a criminalidade armada e sem outros programas predefinidos para governar o Brasil. No auditório da CDL o visitante foi recebido como candidato e respondeu de forma imprecisa às perguntas que lhe foram feitas por representantes do G-7 – grupo que representa em Uberlândia a CDL, ACIUB, FIEMG Regional, Sociedade Médica, Veneráveis da Maçonaria, Sindicato Rural e OAB. Bolsonaro conserva contradições inexplicáveis. Disse que combate e renega a corrupção, mas não nega que aceitará o apoio de partidos denunciados na Operação Lava-Jacto como beneficiários de corrupção como PMDB, PP e DEM, por exemplo, para eleger-se presidente. Na estratégia do Capitão Bolsonaro, os fins justificam os meios. A segurança política do pré-candidato Bolsonaro hoje, é praticamente zero. Ele está filiado ao pequeno PSC, mas, em confronto permanente com a direção deste partido, já admite trocar de legenda em março e aderir ao PEN – Partido Ecológico Nacional. Para contar com a adesão do pré-candidato que apareceu recentemente numa pesquisa do Instituto Datafolha em segundo lugar na preferência dos eleitores brasileiros para ser o futu5ro presidente da República, o PEN já decidiu mudar de nome e de programa e o fará como quem muda de camisa. Desde a constituição o PEN organizou-se para defender no Brasil a Ecologia e os temas ambientais. Para atrair Bolsonaro o PEN vai mudar a própria denominação para PATRIOTA e terá novo programa. Para isto o PEN vai proibir seus filiados nos Estados a se coligarem com partidos “de esquerda”, especialmente o PT. Também vai incluir no novo Programa que é contra o aborto, contra gays e contra a ideologia de gênero; vai defender a redução da maioridade penal e o direito de cada brasileiro ter uma arma de fogo em casa para poder enfrentar bandidos. É com este moderno Programa que o PEN – futuro AVANTE – e o deputado Jair Bolsonaro pretendem assumir a Presidência da República e fazer feliz a população da Terra de Santa Cruz. Educação e Política Econômica, para eles, são temas de segunda categoria e poderão ser resolvidos com uma estratégia de Ordem Unida decidida pelo Estado Maior da futura Presidência da República comandada pelo capitão paraquedista, Jair Bolsonaro. Política no Brasil sempre foi e continua surpreendente.
*Jornalista
Bolsonaro no Partido Ecológico Nacional? Deve ser brincadeira. Ah esqueci estamos no Brasil, no país da piada pronta. Esse senhor tem algo de ecológico? Talvez seja para se proteger pois espécies de sua estirpe se não estão, deveriam entrar em extinção para o bem da humanidade
Cá prá nós, vocês acreditam que políticos já leram o programa de seus partidos?
Falou o “sábio”.