Stress. A noite não foi das melhores. Logo ao me deitar passei por uma brainstorm só de pensar na nova temporada de Game of Thrones. Tive certo feeling de que as coisas não seriam tão lights assim e se quisesse seguir a new temporada teria que comprar um novo notebook, hard, com mais input, que me permitisse fazer bons backups, para poder guardar tudo. Hoje não está fácil achar tal equipamento com CD Player, então só me resta um external HD, com pelo menos dois terabytes para ficar bem cool.
Ainda em dúvida se meu windows media player iria comportar os graphics, mas tinha que tentar.
Fiz um upgrade geral, joguei um backbone para meu American staffordshire terrier e fui ouvir Blues. Black music sempre me deixa light. Dispenso country music e sertanejo, exceto aquele com roots.
Claro, curto e fui criado ouvido jazz e spirituals, sem nunca esquecer as dance musics da infância e das festinhas em garagens. Tive a meteórica fase do heavy metal, mas finquei o pé no puro rock and roll que nasceu, dizem, de uma mistura de gospel, folk, e blues. Os eletronics, em especial a guitarra, começaram a dar personality própria ao estilo musical. Hoje não há aquele DJ que não tenha uma seleção flashback que, geralmente e conforme o grau etílico da platéia, deságua num swing ou num twist ao som de The Beach Boys.
Estilos tipo funk e rap nunca fizeram minha cabeça. Em momentos down curto um new age, para um verdadeiro relax.
Estava desistindo da nova série, pois nas redes já não recebia muito feedback da gang.
O pessoal da nossa geração já estava noutra e só queria saber de cash e estabilidade. Eu ainda sonho em escrever um best seller e quem sabe entrar de vez no business literário.
Um amigo tinha montado um delivery e já expandia franchisings país afora, sempre em shopping centers.
Outro menos atirado abriu um self service de junk food e até conseguia concorrer com os Mc e Bob’s da vida. O tempero fazia a diferença. Cresceu tanto que já contratava trainees que, se fossem bem, poderiam se tornar sócios do business. A mais recente novidade de seus places foi a implantação de drive-thru. Seus fregueses aplaudiram, um show!
O problema é que tinham que trabalhar full-time e a moçada estava muito envolvida criando suas startups, pois queriam independência e poucas ficariam para o follow-up.
Não imaginava que tantos friends iriam para a este ramo.
Outros seguiram carreiras acadêmicas e logo fizeram seus MBAs e Ph.D.s e publicaram paper atrás de paper. Fico orgulhoso. Porém, me contam que, às vezes, para obter recursos, carecem fazer lobby a fim de manter suas pesquisas e tecnologias up-to-date.
Puxando da memória outros se tornaram grandes publicitários, especializando-se em merchandising. É sair às ruas no meu velho Land Rover, de Uber ou Taxi e topar com outdoors espalhados por toda city. A maioria com uma bela top model sexy ou um Pop star da moda, vendendo geralmente deliciosos hamburgers, hot-dogs e milkshakes diet para quem gosta de fitness food.
Produzem lindos slogans também. Como são criativos!
Home service também entrou na moda. Mais e mais pessoas trabalham hoje com seus PCs e Iphones, no conforto de seus lofts. Coisas da vida contemporânea.
Bom, acho que estendi demais e sei que textos assim, onde nossa língua pátria é usada em sua maior essência, não trazem nenhum sex appeal, já que não consigo pensar em outra forma de descrevê-lo.
Bom, vou vestir minha roupa de jogging, meu tênis made in Taiwan e encontrar com minha personal trainer. Passo rapidinho numa Lan House, repasso meus e-mails, dou uma olhada no Facebook, no twetter e no Whastsapp. Envio alguns textos pelo Messenger e, aí sim, saio para minha run diária. E olha que não é em Slow motion não. Meu pace costuma ser de 5.
Tenho maior love pela nossa língua pátria, tão rica e bela. Orgulhoso de ter pequeno domínio da matéria prima de Camões, Machado, Pessoa, Rosa, Drummond, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Suassuna, Manuel de Barros, Cecília Meireles, e tantos mais, da mais alta estirpe. OMG, ainda bem que não temos que recorrer a estrangeirismos.
Bye there, see you soon! Thanks!
Médico Veterinário e escritor
Stutz:
Muito divertida e criativa sua crônica… Brasileiro adora um estrangeirismo e acabamos adotando tudo, para infelicidade da nossa língua portuguesa que poucos se interessam em aprender e gostar. É impressionante como as pessoas, hoje em dia, vão escrevendo e lendo de mal a pior. Enfim,vamos em frente, aproveitando a delícia de ler as coisas de quem sabe…
Marília
Obrigado e agradeço como sempre sua generosidade