Ivan  Santos*

A verdade contida na expressão do título desta matéria pode ser hoje observada na prática na crise política e econômica vivida pelo Estado do Rio de Janeiro. No tempo da bonança, com dinheiro farto jorrado pelo o petróleo que saia do litoral do Estado, os governantes do Rio gastaram bilhões de reais em festejos, deslumbramentos e ainda contaram com muito dinheiro repassado pelo Governo Federal para construir estádios e praças de esportes para os jogos pan-americanos. Depois derrubaram estádios, como foi o caso do Maracanã, para construir no local deste, nova arena esportiva para a Copa. Aquela Copa foi um Espetáculo Maravilhoso. O dinheiro correu solto, sem limites para mostrar ao mundo que a Cidade Maravilhosa estava cheia de encantos mil. Encantos financiados com dinheiro público nacional e do rico Estado do Rio. Em seguida foram raspados os restos do cofre do Tesouro da Vaca Barrosa Estadual para construir mais praças de esportes. Daquela vez para as Olimpíadas. O Rio precisava mostrar ao resto do mundo que os governantes do Estado comiam à tripa forra e deixariam os “xeiques” árabes, donos de jazidas de petróleo, encantados com tanta exuberância e riqueza. O governo do Rio, com apoio do governo federal, gastou o que tinha e o que não tinha para financiar festas esportivas monumentais. Era o tempo da bonança. Resultado: O Rio de Janeiro está quebrado e lá o Governo não tem dinheiro sequer para pagar em dia as aposentadorias dos servidores beneficiários da Previdência Estadual. A saúde virou piada e a educação não passa de um exercício de faz de conta, por falta de dinheiro. Guardadas as proporções, o quadro de calamidade pública no Brasil é semelhante ao do Rio. O Governo da República, que também gastou perdulariamente nos últimos 10 anos, hoje é obrigado e aumentar impostos para custear as “bondades criadas para o povo”. Não vai adiantar. As despesas obrigatórias hoje crescem mais no Brasil do que a arrecadação e o presidente, acusado de corrupção, perdeu a credibilidade. Os partidos não merecem mais a confiança do povo e a sociedade se prepara para escolher novos governantes no ano que vem sem saber até agora em quem confiar. Tá ruço, gente boa. Tá ruço.

*Jornalista