A reforma trabalhista, trabalhista, recentemente aprovada em fase final no Senado poderá ser mutilada por acerto entre o presidente Lula e as Centrais Sindicais que reivindicam a recriação do Imposto Sindical extinto na reforma lei recém aprovada. Naturalmente, o Imposto Sindical poderá mudar de nome, mas não de finalidade e os trabalhadores poderão continuar a pagar a “bondade” para alimentar sindicatos, federações e confederações. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia chegou a dizer ontem que não colocaria na pauta da Câmara qualquer mudança na reforma trabalhista recém aprovada no Senado. Muitos duvidam que Maia tenha força política para sustentar esta intenção. O Palácio do Planalto já sinalizou que o presidente Michel Temer deverá sancionar hoje ou amanhã a Resolução aprovada ontem no Senado e deverá, no dia seguinte, apresentar um projeto de Medida Provisória com mudanças na Lei da Reforma Trabalhista para atender às Centrais Sindicais com a criação de um substituto ao Imposto Sindical e salvaguardas reivindicadas por trabalhadores. Diante do jogo de forças neste momento, poucos acreditam que o presidente da Câmara tenha força política para engavetar as mudanças propostas pelo presidente para mudar a nova Lei Trabalhista antes de ela entrar em vigor nos próximos 120 dias. Para os observadores mais experientes da cena política o que o presidente da Câmara quer neste momento é ser chamado pelo presidente para opinar sobre as mudanças que serão apresentadas na MP destinada a mudar a reforma trabalhista recém aprovada. As mudanças que poderão criar uma forma para substituir o Imposto Sindical poderão indicar 60% da arrecadação para os sindicatos e o restante para federações e confederações. As mordomias dos dirigentes sindicais não seriam extintas debaixo dos céus da pátria neste instante. É bom esperar pra ver o tamanho da maracutaia.
* Jornalista