Ivan Santos*

A comentei várias vezes que a política social custeada com dinheiro público e oferecida ao povão pelos governos do PT-PMDB custaria aos brasileiros o olho da cara na hora de pagar a conta da ilusão socialista. As previsões estão a se confirmar. Hoje, no Brasil, os gastos da Máquina Pública assustam à Tigrada que acreditou que dinheiro do Governo caia do céu como chuva de janeiro. O tesouro da Vaca Barrosa está quase vazio e o custo das “bondades para o povo” está maior do que a arrecadação dos impostos. O déficit primário previsto pelo Governo para este ano está em R$ 139 bilhões. É despesa que vai se somar à Dívida que os brasileiros, de mamando a caducando, terão que pagar amanhã. Por causa da queda na arrecadação de tributos o Governo está a ser obrigado a cortar deste para o próximo mês, R$ 39,7 bilhões para adequar os gastos diários à receita corrente. Isto quer dizer que haverá menos dinheiro para custear a Saúde, a Educação e na Segurança. Nesta área, a Polícia Federal já está a cortar despesas até para emitir novos passaportes para quem quiser viajar para o exterior. Sempre alertamos que na hora de pagar a conta do Festival de Bondades haveria choro e ranger de dentes. A hora amarga chegou e não é bonita. O aperto financeiro cresce rapidamente impulsionado pela crise política que desestabiliza o Governo do presidente Temer, hoje ameaçado de ser expulso do Palácio do Planalto por suspeitas de o chefe ter praticado corrupção passiva. Na semana passada a equipe econômica do Governo sinalizou que não há mais espaço para aumentar impostos, taxas ou contribuições tributárias. O filósofo parlamentar Tiririca que disse: “pior que que está não fica”, enganou-se porque o Armagedom, previsto para anteceder ao fim do mundo, ainda está por vir. Para o Dia do Juízo Final acontecer basta a maioria dos eleitores, em outubro de 2018, dar a faca e o queijo nas mãos do PT, de Lula e da Esquerda Enluarada.

SINAIS DE TEMPESTADE

Os assessores políticos que assessoram o presidente da República e os parlamentares da Base que apoiam o Governo esperam para hoje a apresentação do relatório do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a favor da admissibilidade da representação do procurador geral da República, Rodrigo Janot, que pede que o STF processe por corrupção passiva o presidente Michel Temer.

DESENBARQUE

O tempo em Brasília está escuro com sinais de tempestades. No PSDB, partido que apoio o atual Governo e as reformas Trabalhista e da Presidência, cresce o número dos que defendem o agastamento do Governo após aprovada, pelo menos a Reforma Trabalhista que está em fase final de tramitação no Senado. Muitos já articulam a formação de novo Governo chefiado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

SEM RUMO

O comando nacional do PSDB marchou reunião para hoje para discutir o futuro do Governo do aliado PMDB Devem comparecer os principais caciques tucanos: Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, José Serra, Tasso Jereissati e o novato Joao Dória, que se diz “não político”, mas aspira à Presidência da República. Esse time está no meio do campo sem saber como marcar um gol.

*Jornalista