Feira popular de economia solidária: personagem, Remi Pedro
Local: Túnel da Cidade Administrativa – Foto: Omar Freire/Imprensa MG

Em iniciativa sem precedentes no estado, Governo de Minas Gerais levará projeto a todos os Territórios de Desenvolvimento até o final do ano
O programa Economia Popular Solidária, ação voltada à melhoria da qualidade de vida de pequenos empreendedores, estará presente em todos os 17 Territórios de Desenvolvimento do Estado até o final do ano. A medida, inédita em Minas Gerais, é executada pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese).
Segundo o diretor de comercialização da Subsecretaria de Trabalho e Emprego da Sedese, José Ribeiro Gomes, neste primeiro semestre o projeto chegará a 11 territórios mineiros. “Já entregamos kits de comercialização em seis territórios. Até o final do semestre, serão 11. Até o final de 2017, a meta é totalizar as 21 regionais dentro dos 17 Territórios de Desenvolvimento”, explica.
Os kits são compostos, principalmente, por barracas para exposição em feiras livres – estruturas fundamentais para que os empreendedores possam comercializar seus produtos. José Ribeiro salienta, ainda, que foi feito um investimento de R$ 200 mil para a compra de barracas que vão viabilizar a realização de mais 11 feiras locais.
A Economia Popular Solidária é uma estratégia de estímulo ao comércio de pequenos produtores, que têm a oportunidade de garantir trabalho e renda a partir da exposição e comercialização de seus produtos em feiras livres. As feiras ocorrem tanto em dias úteis quanto em finais de semana, e têm grande diversidade de produtos. Entre eles, artesanato, produtos alimentícios, como cachaças mineiras e doces, além de itens de higiene e cosméticos.
Minas Gerais responde por 15% do mercado brasileiro de economia solidária, segundo a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. Desde 2015, o Governo do Estado adota medidas para fortalecer o setor e promover maior qualidade de vida aos cidadãos que têm o sustento de suas famílias baseado nesse mercado.
Apenas para estruturação e organização das feiras, a Sedese liberou, nos últimos dois anos, quase R$ 308 mil, beneficiando milhares de empreendedores de todas as regiões.
Na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, em Belo Horizonte, a Sedese também instalou um ponto fixo da EPS, que recebe periodicamente até 70 empreendedores de diversas regiões do estado. Para se ter uma ideia do negócio, apenas nas últimas cinco edições das feiras livres realizadas no local, os comerciantes movimentaram cerca de R$ 160 mil, segundo levantamento feito pela secretaria.
Há oito anos, o comerciante Remi Pedro, de 51 anos, de Belo Horizonte, deixou o trabalho de motorista de ônibus e passou a produzir calçados. Ele é um dos expositores que periodicamente estão na feira na Cidade Administrativa, e viu sua renda dobrar após aderir à economia solidária. “Sempre admirei o trabalho artesanal. Quando tive a oportunidade de aprender, entrei no mercado de calçados”, conta.
Remi conta com auxílio do filho mais novo e de um amigo, que foi quem o apresentou ao programa. Seus produtos, sandálias e chinelos de couro, já foram expostos em diversas feiras da capital. “Fui muito bem recebido por todos, a Economia Solidária me abraçou e estou muito feliz”, comemora.