COMUNICAÇÃO DMAE

Foi aprovado nesta terça-feira (13), em segunda discussão, na Câmara Municipal de Uberlândia, o projeto de lei de autoria do prefeito Odelmo Leão que amplia um dos programas desenvolvidos pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). Trata-se do Projeto Buriti, realizado desde 2008 nas bacias do Rio Uberabinha e Ribeirão Bom Jardim e que visa a recuperação e a preservação de nascentes e áreas degradadas. A partir de agora, o projeto se estende também para o Rio Araguari, onde está sendo construída a Estação de Captação e Tratamento de Água Capim Branco.
Implantado na primeira gestão do prefeito Odelmo Leão, o Buriti passa a contemplar também as propriedades que margeiam as nascentes do Rio Araguari, podendo ser desenvolvido por meio de parcerias, orientações, investimentos e convênios com outros municípios. “Esse projeto é de grande importância para a preservação de nossos mananciais e garante ainda que o produtor tenha acesso à água de qualidade. O mais importante é que a adesão ao Buriti não tem custo algum”, destaca Sérgio Vieira Attie, diretor-geral do Dmae.
O projeto segue no mesmo formato, realizando a recuperação de áreas do rio antes da captação (montante). O benefício poderá também ser ofertado aos produtores que estão abaixo da captação (jusante), desde que haja recursos disponíveis.
Com a aprovação da lei, a Gerência Ambiental do Dmae começa, a partir do próximo ano, a mapear as áreas à montante do Rio Araguari. Os técnicos identificarão as fazendas para saber a extensão e o tipo de ação que precisa ser empregada no local. O produtor que se interessar pode procurar o Dmae para se informar e fazer o pré-cadastro. Basta ligar 3223-6027 ou enviar email para o endereço eletrônico programaburiti@hotmail.com.

Buriti

O Projeto Buriti, por meio de conhecimento técnico e a mão-de-obra qualificada, aponta soluções e identifica ações de proteção e recuperação das nascentes. O produtor que faz a adesão recebe, sem custo, cercamento da área, plantio de árvores, conservação de estradas vicinais, terraceamento (curva de nível) e barraginhas (bolsões para escoamento de água construídos às margens das estradas vicinais).
Desenvolvido pelo Dmae há nove anos, já realizou o plantio de 200 mil mudas em 143 propriedades rurais de um total de 161 cadastradas. Para este ano, a meta é plantar 65 mil mudas de árvores nativas nas áreas de preservação permanente. A adesão ao programa é voluntária, mas a preservação de áreas de nascentes nas fazendas é obrigatória por lei estadual (12.503/1997).