Diógenes Pereira da Silva*

Existe um ditado que descreve, que: o brasileiro tem memória curta. Em que pese a memória resumida em armazenamento de dados e fatos do brasileiro, para o bom e interessado leitor, voltar às lembranças de alguns fatos ocorridos há alguns anos pode e deve reativar frutos. Sobretudo, em se tratando do momento político, caracterizado por suspeitas contra o Presidente Michel Temer. Neste contexto, fazer reaparecerem fatos, por exemplo, como o do Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), quando em 2011, arquivou um inquérito por falta de provas por suposto esquema de recebimento de propina em contratos do Porto de Santos-SP, em desfavor de Temer e deixar claro, quem sabe, o interesse e o passado conturbado do atual presidente do Brasil.
Tudo começou em meados dos anos 90, mais precisamente em 1995 a 1998, quando a investigação dava conta de que o repasse de propinas, foram pagos por duas empresas: Libra Terminais S/A e Rodrimar S/A. O dinheiro teria sido entregue a três pessoas dentre elas uma pessoa cujas iniciais eram “MT”. Segundo a PF, o beneficiado era Michel Temer.
Ocorre que, agora novos fatos surgiram quando da escuta telefônica com autorização do STF, momento em que fora identificada conversa entre Loures e o empresário interessadíssimo no decreto do porto, o qual foi assinado pelo Presidente Temer no mês passado dispensando o devido processo licitatório. Já há uma investigação para apurar a relação entre Loures e a empresa Rodrimar, a mesma suspeita de antes, porém com um novo intermediário e braço direito do Presidente Temer.
Como se vê, Temer não é nenhum santo e têm suspeitas sobre ele desde os tempos de outrora. O sistema político brasileiro sempre foi dominante, reinante nas causas e interesses próprios ou partidários. Se já era crime de lesa pátria o famigerado caixa 2, que embora muito errado, muitos admitiam como algo partidário, agora em outro extremo, passou a beneficiar interesses escusos fora da política e, principalmente interesses pessoais.
Já faz alguns anos que o país vive uma situação de crise política. Em alguns momentos nesse processo, tudo se concentra e as mudanças ocorrem quase que imediatamente diante de um cenário conturbado movido por irregularidades, corrupção e falta de governança. Na minha modesta opinião, o atual presidente não tem condições morais para continuar a governar o Brasil, mesmo que a chapa Dilma – Temer não seja condenada pelo STE… Então não é hora do País ter eleição direta para presidente e deixar que o eleitor decida, já que nosso sistema político está corrompido e, portanto, sem condições de tomar decisões?
Diógenes Pereira da Silva

* Tenente do QOR da PMMG – diogenespsilva2006@hotmail.com